Se o cão é o melhor amigo do homem, o cocô do bichinho vem se tornando o maior inimigo. Em São Caetano, muita gente cansou de dividir espaço na calçada com a sujeira dos bichos e iniciou, por conta própria, campanhas para conscientizar os donos dos animais a recolherem seus dejetos.
No bairro Santa Paula, o exemplo vem da aposentada Rosangela de Agostini Filocromo, 53 anos.
Cansada do mau cheiro na porta de sua casa e de gastar tanta água na limpeza, ela preparou um cartaz com dizeres não muito amigáveis: ‘Madame F.D.P., aqui não é latrina para o seu cão’.
“Puxa vida, a gente passa com o carro em cima do cocô e só percebe depois que já entrou em casa. Sem contar as vezes em que a gente pisa”, reclama.
A mensagem chamou a atenção, principalmente dos jovens que passam em frente à casa, e parece estar surtindo efeito.
Diz a lenda que dá sorte pisar em cocô, mas o comerciante Antonio José dos Santos, 62 anos, é daqueles que não foram convencidos disso. Ele pinta muros pela cidade na tentativa de conscientizar os donos dos cães e distribui material informativo a respeito do assunto. “Vou fazer até um leque com mensagens educativas”, garante Santos.
Há uma lei municipal que institui multa de R$ 50 a quem deixa espalhada a sujeira de seu cachorro em praça pública. “Mas não adianta, não tem fiscalização”, reclama a professora Elisa Donola, 59 anos, que afirma recolher das ruas as fezes de seus cães.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.