Uma série com assinatura de Dick Wolf normalmente significa duas coisas: sucesso e franquia. Foi assim com Law & Order, Chicago Fire e agora FBI, que gerou FBI: Most Wanted, estreia nesta quarta-feira, 4, às 23h, no Universal TV. A série traz uma força-tarefa liderada por Jess LaCroix (Julian McMahon) e formada ainda pelo ex-militar Kenny Krosby (Kellan Lutz), Hana Gibson (Keisha Castle-Hughes), Sheryll Barnes (Roxy Sternberg) e Clinton Skye (Nathaniel Arcand), encarregada de perseguir os criminosos na lista de mais procurados do FBI.
Com tanta televisão sendo produzida, o velho formato procedimental, com um caso por episódio, continua sendo um sucesso. "Eu acho que é porque esses programas são uma válvula de escape", disse McMahon em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em Los Angeles. "Sabemos o tema, sabemos como vai ser apresentado. Você pode assistir e se sentir completamente confortável e relaxado sabendo que, no fim, os vilões vão ser pegos e tudo vai terminar bem. Isso é reconfortante depois de um dia longo de trabalho." Mas Keisha Castle-Hughes acha que FBI: Most Wanted tem suas particularidades. "O formato é procedimental, mas somos dessa área especial, então algumas coisas são diferentes. Por exemplo, saímos mais a campo do que outras séries procedimentais, o que deixa tudo mais empolgante", disse Keisha Castle-Hughes. "Mas também focamos em como essa força-tarefa atua em conjunto, sua dinâmica, e temos bastante espaço para conhecer suas vidas fora do FBI."
Kenny Krosby, por exemplo, que vem de um passado militar, ainda não se adaptou totalmente à mentalidade do FBI e pode estar sofrendo de desordem de estresse pós-traumático. Jess LaCroix também tem seu próprio drama. Ele perdeu a mulher e agora cuida sozinho da filha pequena. "O trabalho é a única coisa que preenche um vazio que ele tem dentro de si. E ele se preocupa com seu time e faz tudo para protegê-lo. É um pouco como um médico, ele tem muita responsabilidade, porque se ele for muito lento para prender os criminosos, mais pessoas serão mortas."
Segundo Julian McMahon, há dois critérios para alguém ir parar nessa lista de mais procurados. "O primeiro é que a pessoa seja uma ameaça à sociedade. E o segundo é que colocar essa pessoa na lista vai chamar a atenção da imprensa, e isso vai ajudar a capturar o criminoso."
Muitos dos casos são baseados em histórias reais. "Há muito mal no mundo", afirmou Kellan Lutz. McMahon disse que é difícil lidar com algumas coisas. "A psicologia é complicada. Nós temos esses crimes horríveis, mas ao mesmo tempo mostramos por que essas pessoas chegaram ao ponto de cometê-los. E tem alguém que perdeu o pai, ou que voltou traumatizado do Afeganistão, ou que foi maltratado pelos pais, ou teve um ferimento grave na cabeça do qual nunca se recuperou", lembrou ainda.
Kellan Lutz se viu particularmente tocado por um episódio sobre um veterano de guerra. "Tenho dois irmãos que são militares, e o mais velho luta contra a desordem de estresse pós-traumático depois de ir para o Iraque, o Afeganistão e Kosovo. Então fiquei com lágrimas nos olhos depois de ler o episódio. A verdade é que muitas vezes temos conexão com os personagens, por piores que sejam seus crimes, porque temos empatia, como atores e como seres humanos." Keisha Castle-Hughes confessou que deixou de ver séries e ouvir podcasts sobre crimes reais. "Agora não preciso mais", contou, rindo.
Os três atores sabem que estar numa série produzida por Dick Wolf é quase garantia de sucesso. "Há como uma rede de proteção", explicou Kellan Lutz. "Queremos que a série dure tanto tempo quanto Law & Order: SVU", completou o ator, referindo-se ao programa estrelado pela atriz Mariska Hargitay (como a policial Olivia Benson), que está na 21.ª temporada. Sua família certamente vai curtir. "Claro que todo o mundo assiste às séries do Dick Wolf, mas minha família é grande e mora na América do meio. Eles estão tão empolgados que estou fazendo uma série do Dick Wolf! Então isso é bacana", acrescentou Lutz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.