Novos estudos sobre o comportamento sexual dos antigos gregos e romanos revelam que as orgias sexuais são mitos. A pesquisa foi realizada pelo professor australiano Alastair Blanshard, da Escola de Pesquisas Filosóficas e Históricas da Universidade de Sydney.

De acordo com o pesquisador, em entrevista à agência Ansa, as origens do mito das orgias gregas e romanas se baseiam, principalmente, na maneira com que o cristianismo se opôs às "incorreções sexuais" dos antigos deuses devido à grande exposição da genitália e às freqüentes representações fálicas, encontradas em materiais arqueológicos.

"Naqueles tempos não tinham valor erótico, mas nos contextos modernos são percebidos como intensamente sexuais", afirmou Blanshard. Segundo o pesquisador, os libertinos modernos também usaram o mito das orgias gregas e romanas para convalidar suas práticas.

Oscar Wilde, por exemplo, dava um "verniz clássico" a seus encontros com garotos. "Pensava estar fazendo como fazia Sócrates. Dava a seu grupo de praticantes do amor livre uma imagem clássica", concluiu o historiador.