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Corinthians vira ‘quebra-cabeças’ para Geninho
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
26/07/2006 | 08:18
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"É como um quebra-cabeças em que as peças não se encaixam". É assim que o técnico Geninho define o atual momento do Corinthians, que não vence há sete rodadas do Campeonato do Brasileiro e amarga a lanterna da competição. O pior é que o treinador parece não encontrar uma saída para tirar o time desta situação.

Depois de inúmeras tentativas de mudanças técnicas e táticas na equipe, o treinador aposta no lado emocional do grupo para acabar com o jejum de vitórias no domingo, quando o time enfrenta o Santa Cruz no estádio do Arruda, em Recife. "Precisamos dar uma chacoalhada psicológica na equipe, mas sem mudanças radicais. Não acho que tudo esteja errado", diz. Geninho, no entanto, descarta a contratação de um psicólogo. Para ele, basta o time não se abater quando sofrer um gol. "Fizemos bons primeiros tempos nos últimos jogos, mas bastou o time levar um gol para desmontar", lamenta.

Geninho também garante que os últimos resultados desfavoráveis não têm relação com a eliminação da Copa Libertadores, em maio, quando o time perdeu em pleno estádio do Pacaembu para o River Plate e passou a ser ameaçado pela torcida. "Aquele jogo gerou uma crise, mas a de hoje não tem nada a ver com aquela. Aquilo já está superado", afirma.

O treinador, no entanto, reconhece que a falta de apoio dos torcedores tem contribuído para que a equipe não consiga apresentar um futebol convincente dentro de campo. "A pressão vinda das arquibancadas durante o jogo atrapalha a equipe", disse. "Após o término da partida eles podem se manifestar, mas durante, só atrapalha".

Pizza – O diretor da MSI, Paulo Angioni, fez mea culpa em relação à dispensa dada a Tevez logo após a Copa do Mundo. "Talvez tenhamos errado em dispensá-lo, mas na hora fizemos o que achamos mais correto", justificou.

O dirigente também explicou porque o argentino não foi punido pela atitude de mandar a torcida corintiana se calar após o gol de empate sobre o Fortaleza, sábado (2 a 2). "A situação já anda tão complicada que qualquer atitude da diretoria poderia agravá-la ainda mais", afirmou. "Conversei com o jogador e entendi que ele já estava bastante abalado após o episódio. Ele, como todos nós, tem sofrido bastante com o que vem ocorrendo no clube e acabou estourando naquele momento".

Angioni negou existir privilégios ao argentino, mas vale lembrar que no ano passado o lateral Fininho mostrou o dedo médio para a torcida e foi afastado do grupo. Mesmo depois de ser reintregado ao elenco ele não conseguiu livrar-se das críticas da Fiel e hoje está no Figueirense. (Com Agências)




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