Mesmo com os efeitos da liminar concedida pela Justiça Federal na última terça-feira, o Sindamar (Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo) calcula que os prejuízos causados com a paralisação dos fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já ultrapassam US$ 15 milhões no Porto de Santos.

A decisão da 1ª Vara Federal de Santos atende ao mandado de segurança impetrado pelo sindicato no dia 3 e determina que os fiscais da Anvisa emitam a livre prática aos navios das armadoras associadas ao Sindamar.

A livre prática consiste em um certificado de regularidade sanitária para as embarcações que chegam ao porto de viagens ao Exterior. Segundo o vice-presidente do sindicato, José Roque, até o meio-dia de quarta-feira havia 40 navios aguardando na barra para atracar, alguns deles há quatro dias. "Esse prejuízo de US$ 15 milhões é apenas do custo dos navios parados e dos atrasos nas escalas, mas existe todo aquele custo intangível, como o do trabalho extra das pessoas que ficam à disposição para cuidar disso, dos terminais."

Segundo Roque, antes da liminar, chegaram a ter 98 navios parados na barra, mas agora há alguns funcionários atuando e, com isso, o número diminuiu. "Mesmo assim, as inspeções dos navios que vêm de regiões endêmicas estão demorando", informou.

O Sindamar afirma que seis navios já deixaram de operar no Porto de Santos por causa da greve, iniciada no último dia 30.