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Mostra encerra a temporada teatral do Macunaíma
Mônica Santos
Da Redaçao
19/12/1999 | 18:38
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O Teatro Escola Macunaíma, de Sao Paulo, apresenta até a próxima quinta-feira as últimas montagens de sua 51ª Mostra de Teatro. Os espetáculos, todos com entrada franca, representam uma das raras oportunidades para ver teatro neste fim de ano, já que todas as peças em cartaz encerraram suas temporadas domingo - a exceçao é Boca de Ouro, de Zé Celso Martinez Correa, que terá apresentaçoes a partir de quinta-feira, no Teatro Oficina.

Da 51ª Mostra, que este ano homenageia os grandes autores do século XX, ainda restam seis espetáculos dos 33 selecionados e apresentados por cerca de 50% do elenco da escola.

Segundo Nissin Castiel, diretor do Macunaíma, os textos nacionais foram deixados de fora pois a próxima ediçao do evento, em julho de 2000, terá o tema Brasil-Portugal: 500 Anos e somente trabalhos de autores de língua portuguesa.

Esta segunda-feira é o último dia para ver três peças. A Sapateira Prodigiosa, de Federico Garcia Lorca (sala 2), conta a história de uma jovem de 18 anos, humilde porém geniosa, que se casa com um respeitável sapateiro mais velho e, por isso, tem de enfrentar a conservadora sociedade da época.

Já em Enterrem os Mortos, de Irwin Shaw (sala 3), um grupo de soldados abatidos em combate se recusa a ser enterrado, reivindicando tudo o que lhe foi roubado numa guerra injusta. A última opçao de é Merlin, de Tanked Dorst (sala 6). Trata-se da história de um homem, filho do diabo e de uma prostituta que, contrariando os desejos do pai, tenta construir um reino de paz e esperança na terra.

Terça-feira, entram em cartaz três espetáculos que serao apresentadas até quinta-feira: A Rosa Tatuada (sala 4), As Criadas e Marat-Sade (sala 1). A primeira, dirigida por Luís Lois, narra o drama de uma italiana na América. A peça é um dos sucessos do norte-americano Tennessee Williams, premiado duas vezes com o Pulitzer e três vezes com o Prêmio do Círculo de Críticos de Nova York.

Já em As Criadas, de Jean Genet, duas irmas vivem uma relaçao de amor e ódio com a patroa, enquanto que na épica Marat-Sade, de Peter Weiss, um hospício francês é transformado em palco e seus pacientes interpretam um dos momentos mais significativos da história: a Revoluçao Francesa. Todas as peças têm duas apresentaçoes diárias, às 19h e às 21h.




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