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Eduardo na guerra ao chocolate
Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
24/04/2011 | 07:30
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O anseio compulsivo por chocolate é um vício que assola boa parte dos brasileiros. Não há quem resista à deliciosa guloseima. Ainda mais neste período onde os ovos de Páscoa estão espalhados por toda a parte, seja nas gôndolas do supermercado, nos comerciais de televisão, nos jornais, enfim, não há como não ver.

Agora imagine estar na pele do atacante Eduardo, do São Caetano, que é chocólatra assumido e tem que resistir a todas essas tentações? Tarefa das mais difíceis.

Apesar de magro, com o peso em ordem e sem tendência à obesidade, o jogador tem percentual de gordura elevado. Por conta disso, o departamento de fisiologia do time do Grande ABC proibiu o atacante de consumir chocolate, que, na maioria dos tipos, possui elevados níveis de gordura em sua composição. Foi quase um trauma ter que se abster de um dos doces preferidos.

"Não é fácil ficar sem comer chocolate. Nossa, se pego uma barra eu destruo inteira. É melhor ficar longe. O problema é o percentual de gordura, que precisa estar estável e o chocolate é um veneno. Recebo muitas orientações dos profissionais do clube a esse respeito e entendi a importância", comenta o jogador, que conta com o apoio da mulher na missão. "Ela diz que não gosta, por isso não temos em casa", explica.

A restrição é rígida, mas Eduardo confessa que já beliscou o doce algumas vezes nos últimos meses, mas conseguiu se controlar. "Comer um pouco, um pedacinho, não tem problema algum. Não como porque não consigo me controlar, então evito cair em tentação", confessa. "Se exagerei em uma semana, tento compensar na outra, tendo alimentação mais balanceada possível", destaca.

Completamente dedicado à profissão de jogador profissional, Eduardo faz esse e outros sacrifícios para se manter em forma. "Precisamos cuidar e muito do corpo que é nosso instrumento de trabalho. Tenho de estar bem fisicamente para jogar futebol em alto nível. Já estou completamente adaptado a algumas restrições na alimentação e encaro tudo isso com bastante tranquilidade. Minha carreira está acima de tudo", ressalta.

 

Matador vê com bons olhos briga pela condição de titular após chegada de Nunes

Com a saída de Vandinho para o futebol russo, em março, Eduardo se tornou o único homem de área do elenco do São Caetano. Sua ausência na última rodada contra o Linense (derrota por 2 a 0) foi muito sentida pelo técnico Ademir Fonseca, que credenciou a eliminação na fase de classificação do Paulista à falta do artilheiro. Agora, porém, com a chegada de Nunes, o espaço ficou dividido.

Experiente, Eduardo não teme perder a posição e crê em briga boa pela vaga. "O Nunes é um cara que tem qualidade e muita experiência. Com certeza ele chega para ajudar nosso grupo. Vamos fazer o melhor, lutar pela mesma vaga, mas quem escolhe quem será o titular é sempre o treinador", declara.

O bom desempenho no Paulistão, quando marcou oito gols - sendo cinco na goleada de 6 a 1 no clássico contra o São Bernardo -, tem atraído atenção de diversos clubes. O Grêmio já teria até feito proposta para ter o jogador no Campeonato Brasileiro. "Para mim, por enquanto, não chegou nada oficial. Pode ser que esteja com o presidente. Creio que se for bom para mim e para o clube pode ter acerto", projeta o atacante, que tem contrato com o Azulão até o fim de 2013.

 




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