Nesta segunda, a autoridade monetária ofertou cerca de 19 mil títulos da dívida ao mercado, por meio de leilões de 'swap' cambial (transações nas quais paga ao mercado, ao fim do período de vigência do contrato, uma taxa de remuneração mais a diferença da variação dos juros e do câmbio), e conseguiu alongar o vencimento de 24,4% dos US$ 2,3 bilhões.

Apesar da expectativa de que a rolagem fosse um pouco maior, de pelo menos 30% do valor da dívida, o resultado da operação foi bem recebido pelo mercado.

Transações como a realizada nesta segunda-feira tendem a aliviar a pressão sobre o dólar porque inibem a atuação dos especuladores. Nos dias que antecedem vencimentos é comum que investidores puxem as cotações para cima na tentativa de lucrar mais, uma vez que os títulos que compõem tal débito são reajustados com base na média da taxa de câmbio. Assim, o adiamento do resgate da dívida leva consigo a pressão especulativa.

Outro fator que possibilitou o recuo da moeda foi a informação do senador Eduardo Suplicy (PT) de que o nome do futuro presidente do Banco Central poderá ser anunciado ainda esta semana. A definição da equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva é bastante aguardada pelo setor financeiro.

Bovespa — A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 1,52%, interrompendo o otimismo de sete altas consecutivas. O mercado aproveitou a ausência de novas notícias para realizar lucros depois de uma recente valorização dos papéis.

O índice Ibovespa encerrou a segunda-feira aos 10.245 pontos, apesar do baixo volume de negócios, de R$ 453,524 milhões. Segundo operadores, o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos na próxima quinta-feira já contribui para um menor volume de negociações no Brasil.