Battestin provavelmente faria seu próximo seqüestro relâmpago quando vigilantes do shopping perceberam sua presença no último piso de lojas do estabelecimento. Imediatamente a polícia foi chamada. Os policiais militares o surpreenderam com uma pistola calibre 380 na cintura no estacionamento, ao lado de sua motocicleta Twister 250 cilindradas, modelo 2003. “Não deu tempo de ele sacar a arma”, disse o cabo José Santos, que estava com o soldado Antônio Nascimento no momento da prisão.
A chefia de segurança do shopping já havia identificado o autônomo por meio do circuito interno de segurança. Battestin tinha seqüestrado duas clientes no mesmo estacionamento – ele teria tentado molestar uma delas. A primeira delas, em setembro do ano passado. No início de dezembro, ele fez sua segunda vítima no local.
“Vimos as imagens gravadas nos dias dos roubos, por meio da descrição fornecida chegamos ao suspeito. As duas vítimas estiveram no shopping e confirmaram que o suspeito era o ladrão. Ele voltou outras vezes no shopping”, disse o chefe da segurança, J.M., 49.
O seqüestrador profissional agia sempre da mesma maneira. Atacava mulheres com bom poder aquisitivo, em estacionamentos de shoppings ou em ruas nobres de bairros das duas cidades. Assumia o volante dos carros das vítimas e seguia para os saques em caixas eletrônicos. Queria apenas dinheiro. Durante o roubo, conversava normalmente com a mulher. Mantinha a arma sob a roupa, inclusive contava vantagem de suas ações, dizia conseguir de R$ 2 mil a R$ 3 mil por dia. No fim do seqüestro, seguia em direção do Jardim Elba, na zona Leste de São Paulo, divisa com Santo André, descia do carro e fugia. Em depoimento, o autônomo negou ser o seqüestrador profissional. Porém suas características físicas são semelhantes às do criminoso: branco, cabelo claro curto e barba fina. Battestin mora na Vila Claudio, em Santo André, próximo ao Jardim Elba. Com base nos reconhecimentos o delegado titular, Marco Barreiras, pediu à Justiça a prisão preventiva do autônomo.
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