Guarani e Ponte Preta demonstram hoje, às 18h30 (SporTV), no Estádio Brinco de Ouro, pelas semifinais do Campeonato Paulista, que Campinas tem tudo para voltar a ser protagonista do futebol, assim como aconteceu nas décadas de 1970 e 1980. E será excelente momento para marcar o nome da história, principalmente porque quem passar vai continuar a buscar o primeiro título estadual da cidade.

"É jogo especial e estamos motivados. Claro que se você faz um gol fica para a história, mas vamos primeiro procurar ajudar", destacou o meia Danilo Sacramento, do Guarani, e que já defendeu a Ponte Preta entre 2004 e 2007.

Segundo o técnico Vadão, do Bugre, a importância do dérbi dobrou em relação à partida na primeira fase do Estadual, quando as equipes empataram (1 a 1) no Moisés Lucarelli. "Pode multiplicar (a rivalidade) por dois, por dez. Além de toda a rivalidade, ainda vale a vaga na final do Paulista", destacou.

O clássico deixou o técnico da Ponte Preta, Gilson Kleina, empolgado. "Campinas está de parabéns, até porque a mídia nacional está falando dos dois times. Eles lutaram para chegar até aqui. Por isso, temos de valorizar o momento e que vença o melhor", frisou.

Já o meia Renato Cajá, da Macaca, ressaltou que o clássico será equilibrado, principalmente porque as equipes descansaram no meio da semana.

O Bugre não teve compromisso, enquanto que o duelo da Ponte Preta com o São Paulo, pela Copa do Brasil, na quinta-feira, foi adiado devido às más condições do gramado do Moisés Lucarelli. "As duas equipes saíram bem nessa. Tiveram mais tempo para treinar", destacou Cajá.

SEGURANÇA

Para evitar problemas de violência, a Polícia Militar terá efetivo de 900 homens - número recorde no dérbi -, sendo 550 no estádio e os outros 350 espalhados pelas ruas de Campinas, a partir das 14h30.

Apenas 5% dos ingressos, ou 1.450 bilhetes, foram destinados aos torcedores da Ponte Preta.

No primeiro turno, dias antes do clássico, o torcedor bugrino Anderson Ferreira foi morto após briga entre torcidas.

Gilson Kleina define substitutos de suspensos na Macaca

O técnico Gilson Kleina, da Ponte Preta, tentou, mas não conseguiu esconder o time titular que encara o Guarani. Ele deve escalar o zagueiro Sacomã e o volante Xaves nas vagas de Willian Magrão e Cicinho, respectivamente, suspensos.

"Nós trabalhamos com os dois, sim. Acredito que, nessa altura do campeonato, não tem muito o que esconder ou surpreender o adversário. Todo mundo conhece todo mundo", destacou o treinador.

As novidades ficaram por conta de Gerson e Enrico, liberados pelo departamento médico, mas somente o primeiro deve começar o confronto, enquanto que o meia ficará como opção no banco de reservas.

O restante das posições será o mesmo da equipe que venceu (3 a 2) o Corinthians, no Pacaembu, pelas oitavas de final. (das Agências)

Meio campo é dúvida de Vadão no Bugre

O técnico Vadão tem apenas uma dúvida para escalar o Guarani: quem ficará com a vaga do volante William Favoni, ex-São Bernardo, suspenso. Ele já era o substituto do capitão Wellington Monteiro, que sofreu lesão do joelho e ficará afastado de seis a oito meses.

Os preferidos do treinador para o lugar de Favoni são o volante Rafael Araújo, o meia Bruno Neves, o lateral Medina e até o zagueiro Éwerton Páscoa.

"Não vamos mudar taticamente a equipe do Guarani. Todos sabem que jogamos no 4-4-2 com Danilo e Fumagalli no meio e dois atacantes. A única peça que vou mexer será na cabeça de área, já que não posso contar com Favoni", explicou o treinador.

No entanto, o zagueiro Neto deixou no ar que o técnico pode utilizar escalação diferente. "Podemos mudar nossas características. Mas temos um meio campo de pegada e, independentemente de quem jogar, vai manter essa pegada", despistou. "Mas não vamos entregar o ouro ao bandido", brincou. (das Agências)