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Zico inicia campanha para Copa no Brasil em 2006
Do Diário do Grande ABC
13/10/1999 | 18:02
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Em evento que marcou, no país, a apresentaçao oficial da candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo de 2006, o presidente da campanha, Zico, disse que passaria o cargo a Pelé para obter o seu apoio à realizaçao da competiçao em território nacional. "É muito importante a participaçao dele; acho que antigos problemas deveriam ser colocados de lado", declarou Zico, numa referência à inimizade entre Pelé e o presidente da Confederaçao Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

Zico ressaltou, porém, que o comitê pró-Mundial nao vai buscar nova aproximaçao com Pelé, o que havia sido tentando anteriormente por Teixeira. "Ele tem o direito de dar suas opinioes, mas seria bom se pudesse dizer porque é contra a campanha." Pelé tem repetido que há outras prioridades para o Brasil, antes de ser anfitriao de um Mundial.

A candidatura do Brasil está orçada em US$ 2 milhoes e um calendário com vários eventos está em fase de elaboraçao para divulgá-la até meados de 2000, quando a FIFA escolherá o país-sede do Mundial de 2006.

Nesta quarta-feira, Zico e o gerente de Marketing da campanha, Oswaldo Arruda, apresentaram o logotipo e o site da campanha, em português e inglês, disponível na Internet. Em breve, ele estará traduzido para o francês e o espanhol.

Os ícones do site dividem-se na proposta brasileira entregue à FIFA, em informaçoes sobre estádios, cidades e hotéis, e em vários dados a respeito do futebol brasileiro. As imagens exibidas nesta quarta-feira mostravam alguns dos principais destaques do Brasil ao longo das últimas décadas, entre eles Zico, Romário, Dunga, Ronaldo e Taffarel. Pelé nao constava em nenhuma delas, embora Arruda tenha afirmado que o ex-craque era "homenageado" em pelo menos uma foto, na qual erguia uma taça. Alguns jogadores negociaram com a CBF a cessao de imagem para o site.

Ao comentar declaraçoes do ex-presidente da FIFA, Joao Havelange de que o Brasil deveria lutar pela realizaçao do Mundial de 2010 no país e apoiar a Africa na disputa por 2006, Zico procurou ser diplomático e objetivo. "Se tiver de acontecer isso, só vamos adiar em quatro anos o nosso projeto", frisou.

Sobre uma eventual desistência do Brasil antes do anúncio da FIFA, ele pareceu, primeiro, hesitante; depois respondeu com firmeza. "A gente nunca pode dizer o que vai fazer nesta quinta-feira; mas, no momento, a ordem é continuar e lutar para conseguir o objetivo."




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