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Hospital da Mulher inaugura banco de leite em Santo André
Do Diário do Grande ABC
09/06/2009 | 07:52
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O banco de leite do Hospital da Mulher foi entregue ontem, em Santo André, com capacidade de armazenamento de 1.000 litros - o maior do Grande ABC. No entanto, só 4,5% desse total está sendo utilizado (45 litros), o que é suficiente apenas para a demanda do hospital.

A estrutura já estava em funcionamento em caráter experimental, e tem como principais doadoras as mães que dão à luz na própria unidade. A inauguração serviu também para abrir a coleta externa. Doadoras devem estar amamentando, terem feito o pré-natal, com comprovante dos exames sorológicos, e contarem com leite excedente (situação em que vaza e molha a roupa ou que mantém as mamas cheias mesmo após o aleitamento).

As interessadas em colaborar não precisam sair de casa. Basta ligar para a unidade (telefone 4478-5048) e agendar a coleta em domicílio. O leite será recolhido semanalmente.

Recém-nascidos de alto risco e prematuros extremos são os principais beneficiados com o leite. Entre os 350 bebês que nascem por mês no Hospital da Mulher, pelo menos 50 necessitam deste cuidado especial. A entrega de potes de maionese e café solúvel vazios também ajuda a unidade, que utiliza os frascos para acondicionar o líquido coletado.

Antes de chegar à criança, o leite é processado a 62,5 °C, por 30 minutos, período em que são eliminados micro-organismos patógenos. Amostras são encaminhadas então para um laboratório de análise clínica, que fornece um laudo 72 horas depois. "Ele indica se o leite está apto ou não para o consumo", diz a coordenadora do banco, Shirlei Tessarini.

Na cerimônia de inauguração, o prefeito Aidan Ravin (PTB) lembrou que a amamentação é um "ato de carinho", e que o banco de leite tenta suprir ao menos o lado nutricional da necessidade do recém-nascido. "Queremos que se espalhe também como um exemplo por toda a região."

Mais uma vez, Ravin aproveitou solenidade no Hospital da Mulher para criticar a gestão anterior. Falou sobre a demora para a conclusão do hospital e o fato de as obras terem ficado sob suspeita. Aproveitou também para se defender das acusações de que demite funcionários baseado em critérios políticos. "Na nossa gestão, o único castigo é fazer com que a pessoa trabalhe."

O prefeito lembrou também que a parceria com a Fundação do ABC segue, e que o próprio Hospital da Mulher é uma prova disso. Disse que não se pode falar em corte de repasses, mas em uma reestruturação dos serviços.

O secretário de Saúde do município, Leonardo Carlos de Oliveira, também esteve presente e aproveitou para falar sobre a importância da diminuição nos índices de mortalidade infantil. "Vamos melhorar essa relação." O último balanço da Secretaria da Saúde aponta que 14,21 bebês morreram a cada mil nascidos na cidade em 2007.




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