Com o Estatuto de Defesa do Torcedor em vigor desde o dia 16 de maio, o público terá o direito de recorrer a um novo profissional, o Ouvidor da Competição. Como se fosse um ombudsman, ele receberá sugestões, propostas e queixas dos torcedores e, após examiná-las, vai propor melhorias às entidades promotoras de torneios e campeonatos. Como a lei está em vigor, o ouvidor também já deveria estar em ação, mas no site da CBF, por exemplo, não havia até ontem à noite qualquer referência a uma eventual nomeação. A Prefeitura de Santo André, por exemplo, tem ouvidor desde dezembro de 1999, função ocupada por Saul Gelman, ex-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André).

O torcedor terá direito a receber uma resposta a queixas ou reivindicações no prazo máximo de 30 dias. O ouvidor deverá providenciar, em 72 horas, o relatório com as propostas mais importantes e as sugestões encaminhadas. O torcedor também poderá exigir a divulgação das rendas e públicos pagante e não-pagante já durante as partidas, por serviço de som e imagem instalados no estádio. Nos locais de acesso ao estádio, o Estatuto do Torcedor determina a fixação da íntegra do regulamento das competições, assim como tabelas completas, com datas, locais e horários.

Ingressos – Pelo Estatuto, longas filas para aquisição de ingressos têm os dias contados. Numa competição como o atual Brasileiro de pontos corridos, com duração de cerca de nove meses, os ingressos têm de estar à venda com 72 horas de antecedência. Um exemplo para ser adotado a tempo de cumprimento das novas exigências: os ingressos para Ponte Preta x São Caetano no dia 31, sábado, deverão ser vendidos a partir da quarta-feira, dia 28.

Numa partida de caráter eliminatório, o prazo cai para 48 horas. É o caso da rodada de volta das semifinais da Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Goiás, no Mineirão, e Flamengo e Sport Recife, no Maracanã, quarta-feira. Já na segunda-feira, os ingressos deverão estar à disposição da torcida.