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PSDB acerta filiação de Yoshio para ser candidato a prefeito em Diadema

Vereador estava no Republicanos e tentará o Paço pela segunda vez; ele diz que mote da campanha é boa relação com Doria

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
30/01/2020 | 12:18
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Nario Barbosa/DGABC


O PSDB acertou a filiação do vereador Ricardo Yoshio e vai lançá-lo candidato a prefeito de Diadema na eleição deste ano. O ato está marcado para o dia 5, às 19h, na sede da Câmara.

Segundo Yoshio, que se elegeu vereador em 2016 pelo Republicanos (antigo PRB) e foi expulso da sigla no ano passado, houve boa avaliação das condições de fazer uma boa campanha com o mote de estabelecer boa relação com o governo do Estado, administrado pelo governador João Doria (PSDB).

“O prefeito tem de ter uma boa relação com o governador João Doria para trazer mais recursos para Diadema. Não só os deputados podem fazer esse papel”, discorreu o futuro tucano, que avisou que sua campanha será na raia de oposição ao governo do prefeito Lauro Michels (PV) e crítico às administrações petistas, em citação clara ao ex-prefeito José de Filippi Júnior, nome escalado pelo petismo para o pleito deste ano.

Ginecologista, Yoshio partirá para sua segunda tentativa de se eleger prefeito de Diadema. Em 2008, pelo PMN, ficou na terceira colocação, com 13.421 votos, atrás de Mário Reali (PT) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB). O petista venceu aquele pleito no primeiro turno, com 133.893 votos (58,2%).

Ele terá de enfrentar um tabu: o PSDB nunca elegeu um prefeito em Diadema. O município foi o primeiro do País a confiar a administração da cidade a um petista – Gilson Menezes, em 1982 – e durante 30 anos elegeu político com raízes no petismo. Em 2012, porém, apostou em Lauro Michels. O então vereador precisou sair do PSDB para se viabilizar como prefeiturável.

Em 2018, na eleição para governador, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, então candidato do PT ao governo paulista, ficou na frente em Diadema, com 60 mil votos – Doria obteve 44,8 mil. No segundo turno, Márcio França (PSB) se saiu melhor, com 130,5 mil adesões contra 77,4 mil de Doria.

“Tem pesquisa qualitativa dizendo que o PT e o PSDB são siglas difíceis em Diadema. O PSDB é o partido da social democracia brasileira. Não é à direita, seu estatuto não é direita. É um pouco centro esquerda. As ideias são pouco diferentes. Tenho andado pelos bairros, conversado com as pessoas, e eles estão aceitando bem (a pré-candidatura ao Paço) devido ao conhecimento do meu trabalho, da minha capacidade. A gente crê que o nome da pessoa vai ser muito importante também. A gente quer mostrar que o partido é o mesmo do governador, que vai poder ajudar nossa cidade”, avaliou.

Sobre o fato de um expoente do tucanato em Diadema, o ex-vereador José Dourado, ser secretário de Segurança Alimentar no governo Lauro, Yoshio recomendou que, se ele optar por apoiar o candidato governista, peça desfiliação do PSDB. Sobre o ex-deputado Zé Augusto, Yoshio disse esperar por seu apoio. “Ligarei pessoalmente a eles e vou convidar para o ato (de filiação). Cada um tem o livre arbítrio de seguir o caminho que quiser. Se o Zé Dourado for abraçar o projeto do governo, deve pedir desfiliação. Se o Zé Augusto não abraçar nosso projeto, não tem problema, está afastado (da cidade), (trabalhando) na Assembleia (Legislativa). O Zé Augusto é pessoa importante, nome em Diadema que tem várias lideranças que o apoiam, vários eleitores que gostam dele. Se der apoio será muito bom. Eu vou pedir esse apoio para ele. O ''''não'''' eu já tenho.”
 




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