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Roupeiro do São Caetano vira ‘anjo da guarda’ dos jogadores
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
17/04/2004 | 20:11
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Diz o ditado que todos querem casa, comida e roupa lavada. Os jogadores do São Caetano não são diferentes. Para cuidar do que vestem em campo contam com um profissional que trabalha exclusivamente para que sempre encontrem seus uniformes além de lavados, passados e prontos para que tenham apenas de vestir antes de entrar em campo.

O anjo da guarda do Azulão atende pelo nome de José Carlos Modesto, o Zé, que há 13 anos é o roupeiro da equipe. “Eu organizo tudo para eles, desde as chuteiras até as camisas, passando pelas meias,calções e até aquelas camisetas que alguns usam por debaixo do uniforme com mensagens de Jesus.”

Zé tem 49 anos e afirma que seu trabalho, assim como o do outro roupeiro, Ademilson Gomes da Silva, não se restringe apenas a cuidar dos uniformes que os atletas utilizam. Muitas vezes atingem também questões pessoais e que podem atrapalhar o desempenho em campo.

“Eu tenho idade para ser o pai de todos eles, às vezes vejo que alguém está nervoso, com algum tipo de problema e tento ajudar. Chamo para uma conversa que normalmente é bem aceita.”, diz Zé.

O roupeiro do Azulão pode ser considerado um veterano na profissão. Ele já trabalha há 20 anos na função. “Comecei no time infantil do Palmeiras”, afirma Zé. No São Caetano ele garante ter encontrado o local ideal para trabalhar. “Aqui é muito tranquilo.”

Outro assunto proibido é a divisão dos bichos pagos pelas vitórias e conquistas. “É melhor não falar nada sobre isso”, esquiva-se o roupeiro do Azulão enquanto parte para o interior dos vestiários do Pacaembu, a fim de fazer a última verificação no material que os jogadores utilizariam no treino deste sábado à tarde.

Tranquilo, Zé está sempre a disposição dos atletas. “Conheço todos eles, sei quais são todos os seus armários e procuro deixar todo o material que eles precisam pronto para ser usados”. Entretanto, existem alguns segredos de vestiário que o roupeiro se esquiva e não revela de forma alguma. Por exemplo, quem é o jogador mais vaidoso do grupo. “Não tem nada disso. Eles se trocam e vão para o campo. Estes caras nem cabelos têm para arrumar”.




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