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Michael Jackson planeja volta por cima
Da AFP
27/06/2006 | 18:51
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O cantor americano Michael Jackson, autodenominado rei do pop, parece decidido a dar novo impulso à carreira, abalada por escândalos judiciais e problemas financeiros, ao anunciar nesta terça-feira que tem muitos planos para o próximo ano, entre eles, participar de uma turnê, lançar um novo álbum e se instalar na Europa.

O porta-voz do cantor, Raymone Bain, informou sobre os novos planos do cantor em comunicado, sem esclarecer, porém, onde Jackson planeja se estabelecer, mas disse que o artista atualmente tem "negócios pessoais" na Irlanda. "O sr. Jackson havia anunciado planos de gravar um álbum que prevê que seja lançado em 2007. O sr. Jackson, que está com freqüência na Irlanda tratando de negócios pessoais, planeja se mudar para a Europa em um futuro próximo", acrescentou.

Ele afirmou que a recente viagem do cantor pelo Japão foi a primeira de uma série de aparições públicas planejadas e que Jackson está "revendo várias ofertas" para a turnê, que ele planeja iniciar nos próximos meses.

Depois de ser absolvido, em junho de 2005, em um espetacular processo por suposto abuso de menores, Jackson deixou os Estados Unidos e seu rancho de mil hectares, Neverland, na Califórnia, radicando-se em Bahrein, no Golfo.

Neste escândalo judicial, o cantor enfrentou um julgamento por pedofilia que durante cinco meses fez pairar sobre sua cabeça a possibilidade de passar 20 anos na prisão, mas ao ganhar o processo foi para bem longe da Califórnia, para Bahrein, onde planejou com mais calma a reabilitação de sua imagem.

No fim de maio passado, Jackson, 47 anos, viajou para Tóquio, país onde vendeu mais de 100 milhões de cópias, para receber um prêmio de um canal de TV dedicado à música, em sua primeira aparição pública depois da absolvição, um ano antes.

No entanto, o astro da família Jackson não deixou de dar o que falar à imprensa. No fim de dezembro do ano passado, os jornais falavam de suas dívidas astronômicas, acima dos US$ 270 milhões, e sobre os negócios com seus credores para evitar ser forçado a ceder seu catálogo musical e seu rancho.

Com o ano novo veio outro escândalo: multas de até US$ 169 mil por comprometer os salários e impostos previdenciários de 69 de seus empregados em Neverland, que foi então fechada pela inspeção do trabalho da Califórnia. O local foi reaberto, com pessoal reduzido, uma vez que Jackson pagou a multa e se pôs em dia com os trabalhadores.

Em abril passado, à beira da bancarrota, o cantor anunciou a reestruturação dos pagamentos de sua dívida, estimada em centenas de milhões de dólares, com a ajuda da gravadora americana Sony. Tanto Jackson quanto a Sony/ATV Music Publishing detêm os direitos de centenas de canções, que incluem 251 temas dos Beatles e os sucessos mais conhecidos de Bob Dylan, entre eles "Blowin' In the Wind".

O catálogo musical completo, do qual o cantor de "Thriller" possui 50%, está estimado em US$ 1 bilhão, segundo o jornal The New York Times.

Os altíssimos níveis da dívida de Jackson saíram à luz durante o processo por pedofilia no ano passado, quando um contador chegou a calcular que entre 1999 e 2003 o ícone pop gastava entre "US$ 20 milhões e US$ 30 milhões acima do que ganhava".

Seu último disco original, "Invincible", lançado em 2001, só vendeu 11 milhões de exemplares em todo o mundo, uma queda significativa se comparado com os 32 milhões de cópias de "Dangerous", lançados em 1991, e dos 36 milhões de "History", desde 1995.




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