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Feriado cambial na Argentina acaba na segunda-feira
Do Diário OnLine
27/04/2002 | 19:08
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O governo argentino decidiu suspender o feriado cambial. Depois de uma semana, o mercado volta a operar normalmente na segunda-feira. O novo ministro da Economia, Roberto Lavagna, afirmou que não existe motivo para uma disparada na cotação do dólar. A decisão foi tomada depois de uma reunião com o presidente Eduardo Duhalde, governadores de províncias e líderes políticos do partido peronista e da União Cívica Radical.

Na opinião de Lavagna os mercados voltarão a operar normalmente e "com mais tranqüilidade, com mais condições de confiança” porque se freou a saída de recursos do sistema financeiro. Nesta semana, o Congresso aprovou o projeto de lei que limita o saque de recursos que estão presos nos bancos desde a implementação do corralito. ‘Lei Tampão’ determina que só podem os recursos por decisões de última instância da Justiça.

Além disso, o ministro afirmou que se deve buscar "uma solução mais equilibrada" para a devolução dos depósitos a prazo fixo, atualmente imobilizados pelo corralito, antecipando que uma das idéias em que se está trabalhando é a de que os bancos "constituam alguma forma de respaldo sobre os depósitos", de acordo com o jornal Clarin.

Nesta tarde de sábado, ministros, governadores e líderes políticos se reuniram na residência oficial de Olivos para discutir o protocolo de intenções, composto por 14 tópicos, o qual chegou a ser elogiado pelo secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neil.

Um novo plano econômico está sendo elaborado. Esse deve estabelecer uma taxa de câmbio fixo para frear o aumento dos preços dos artigos de primeira necessidade, segundo adiantou, na sexta-feira, o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández. O pacote deve ser divulgado entre segunda e terça-feira.

Na manhã deste sábado, Duhalde assegurou que a Argentina necessita chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir a reativação da economia. O acordo é a única forma para diminuir o sofrimento para o país. Além disso, a liberação do empréstimo evitaria que o país declarasse uma moratória.

O presidente afirmou ainda que, em um prazo de 30 dias, serão estudas todas as diferentes propostas e ver qual é a mais conveniente para solucionar a difícil situação que gera o "corralito". Além disso, classificou como um ‘absurdo’ cogitar que ele poderia renunciar, alegando que não irá abandonar o país em um momento de risco.




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