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Cielo crava marca histórica no Maria Lenk

Brasileiro nada 50 m em 21s38, faz melhor tempo do ano e da carreira sem traje tecnológico

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
26/04/2012 | 07:20
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César Cielo mostrou novamente por que é o homem mais rápido do mundo na água. Desafiado, provocado e pressionado, ele caiu na piscina para a prova dos 50 m do Troféu Maria Lenk, ontem, no Rio de Janeiro, e conseguiu estabelecer a melhor marca do ano, com 21s38, conquistando ouro. Bruno Fratus (21s76) foi prata e o francês Fred Bousquet (21s79), bronze.

Antes da final, Cielo viu Fratus vencer a eliminatória ao fazer 21s70 e superar a marca do australiano James Magnussen (21s74), que nos últimos dias provocou Cielo. A resposta do brasileiro foi imediata após o resultado de ontem. "Não estou nadando para ganhar dele (Magnussen). Cada um sabe o que faz e ele que absorva esse tempo que fiz hoje (ontem) do jeito que quiser."

A marca obtida por Cielo foi a melhor da carreira do nadador sem os trajes tecnológicos, agora proibidos. Mas ele ainda acha possível corrigir movimentos para estabelecer novas marcas na Olimpíada de Londres, em julho. "Fiz o melhor tempo da minha vida. É trabalhar um pouquinho mais em cima dos detalhes e fazer a preparação final mais afinada que acho que dá para bater meu recorde olímpico lá (21s30), mesmo sem os trajes", projetou ele, que detém o recorde mundial com 20s91.

Bruno Fratus também não teve do que reclamar. O desempenho no Maria Lenk dá ao brasileiro a chance de sonhar com medalha olímpica. "Não tem como não ficar contente fazendo o melhor tempo do mundo de manhã e terminando o dia como segundo, sendo ultrapassado pelo César. Não é que isso seja natural, mas não chega ser uma preocupação, até por ele ser o atleta que é", declarou.

MISTER PAN
Quem também tem motivos para comemorar é Thiago Pereira, brasileiro com maior número de ouros em Pan: 12. Nos 200 m medley, sua prova favorita, ele venceu com extrema facilidade e cravou 1min57s11, estabelecendo o segundo melhor tempo do ano, atrás do norte-americano Michael Phelps (1m56s32).

Mesmo com a marca, o nadador saiu da piscina se cobrando. "Estou feliz pelo recorde e pela medalha, mas queria ter nadado em 1min56s. Já cheguei bem perto, mas ainda tem muito trabalho até a Olimpíada. Acho que não nadei tão bem como pela manhã, mas pelo menos nadei para 1m57s baixo, que é meu melhor tempo sem os maiôs (tecnológicos)", analisou.

Ainda não foi desta vez que o Brasil conseguiu classificar o segundo nadador para os 100 m borboleta em Londres. Glauber Henrique Silva venceu a prova ontem, com 52s46, mas ficou a 13 centésimos do índice. Ele terá outra chance entre 9 e 12 de maio, outra vez no Rio de Janeiro.




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