A comerciante Maria Aparecida de Souza, uma das organizadoras do movimento, disse que a populaçao poderia estar reivindicando mais investimentos em educaçao e saúde, mas a principal preocupaçao é a violência. "Estamos lutando por mais policiamento porque sem segurança estamos perdendo o direito à vida, e sem ela nenhuma outra melhoria tem importância." Nessa área, há pouco mais de uma semana o policial militar Francisco de Assis Cordeiro Amorim foi assassinado.
Os moradores de Utinga assinaram um manifesto que será enviado ao presidente Fernando Henrique Cardoso e ao governador Mário Covas lembrando que eles estao nesses cargos "pelo mérito dos votos que consagramos nas urnas". No documento, eles lembram que tudo o que conseguiram na vida foi por meio de trabalho duro e honesto e agora estao sendo "surrupiados por açoes de pessoas alheias ao bem comum, ou seja, descompromissadas com a lei e a ordem natural".
A dona de casa Regina Leone, 41 anos, que participou da passeata, aberta com o lançamento de fogos de artifício e acompanhada por um carro de som, afirma que o movimento deve se alastrar por toda a regiao. "Devemos promover outras passeatas, sair das nossas casas, onde estamos acuados pelos bandidos, e vir para a rua lutar por nossos direitos."
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