Setecidades Titulo
Dono da loja havia sido detido por transporte de explosivos
Do Diário do Grande ABC
25/09/2009 | 07:12
Compartilhar notícia


Dono da loja de fogos de artifício que explodiu ontem, o comerciante Sandro Luiz Castellani, 41 anos, já esteve preso por portar explosivos. Em 16 de maio de 2002, ele e a mulher, Conceição Aparecida Fernandes, também 41, foram detidos em flagrante pela Polícia Militar.

O casal consta como averiguado em um inquérito policial que apurava o crime de fabricação, fornecimento ou posse de material explosivo sem autorização, previsto no artigo 253 do Código Penal Brasileiro. O processo, que podia dar até dois anos de prisão, foi arquivado pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Santo André em 2002.

Até o final da noite de ontem, Sandro ainda não havia se apresentado à polícia. "Ele não está sendo procurado como se fosse um criminoso. Mas queremos ouvi-lo para saber o que de fato aconteceu", disse Luís Carlos dos Santos, delegado seccional de Santo André. O comerciante não é considerado foragido, segundo o delegado.

Policiais militares e civis estiveram nos endereços dos parentes de Sandro no início da noite, mas não o localizaram. Segundo a polícia, ele pode ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção). Vítimas da explosão passaram pelo 3º DP do município para contar o que viram e declarar ferimentos e perdas materiais.

VIZINHOS COM MEDO - Na Rua Camões, na Vila Humaitá, também em Santo André, onde Sandro mora, os vizinhos ficaram apreensivos ao receberem a notícia da explosão. O medo deles é que um paiol de explosivos funcione no sobrado com fachada de pedra, portões altos de madeira, sem número, caixa de correio ou campainha aparentes.

Um aposentado de 61 anos, que não se identificou, revelou que sempre desconfiou das características do imóvel. "A gente fica com medo, porque tudo lá é muito estranho. A nossa relação com ele limitava-se aos cumprimentos habituais."

Outra moradora disse que a vizinhança já planeja entrar em contato com os bombeiros ou a Defesa Civil, para que eles possam esclarecer a questão. "Só não sei se isso será possível, por se tratar de uma propriedade particular."

O Diário visitou o endereço de Sandro no início da noite de ontem. Nenhuma pessoa atendeu aos chamados da reportagem. Vizinhos afirmaram que o imóvel estava vazio desde as primeiras horas da manhã, quando a família do comerciante saiu para trabalhar.

Moradores da Rua Camões disseram, ainda, que duas pessoas estiveram na casa de Sandro no meio da tarde. A dupla, que os vizinhos não conseguiram identificar, entrou na residência e ficou lá por pouco tempo. Na saída, levaram consigo alguns objetos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;