Com a estréia na Série A-3 do Campeonato Paulista confirmada para o próximo dia 30, contra o São Vicente, no estádio Pedro Benedetti, em Mauá, o Grêmio Mauaense viveu uma sexta-feira de formação do elenco. O gerente geral do clube, Joaquim Ferreira Neto, passou o dia em negociações com os juniores que serão profissionalizados. Da ajuda de custo convencional para a categoria (em torno de R$ 100), os jogadores passarão a ganhar um salário mínimo (R$ 260), uma exigência para a profissionalização. A despesa inicial com a folha de pagamento será de cerca de R$ 4 mil, incluídos salários e ajuda de custo.

“Começamos a definir os contratos com uma cláusula que libera o atleta a qualquer momento se receber uma proposta e julgá-la melhor, seja no Brasil ou no exterior. Não vamos segurar ninguém”, disse o dirigente.

Quando o Mauaense treinar pela primeira vez em 2005, na segunda-feira, a partir das 9h, no estádio municipal, a equipe terá pelo menos 12 profissionais e de quatro a seis juniores. O técnico será Nelson da Silva, o Caveirinha, um dos maiores ganhadores de título no amadorismo do Grande ABC durante os anos 80 e 90, e que passou pelas categorias de base do Corinthians.

Já a partir da segunda semana, serão das próprias equipes amadoras do Corinthians que virão os primeiros reforços. Os nomes, porém, sequer foram cogitados, pois a equipe disputa a semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior neste domingo, contra o Iraty, do Paraná, no estádio do Pacaembu. Se vencer, na terça-feira decidirá a competição pelo segundo ano consecutivo. Em 2004, o Corinthians ganhou do São Paulo na grande final.

Assim, a participação dos reforços ocorreria a partir da segunda rodada, dia 5 de fevereiro, contra o Ecus, em Suzano, ou dia 13, contra o São José, em Mauá.

Pagamento – Fora de campo, Joaquim Ferreira Neto assegura que o clube já equacionou pendências financeiras de 2004, como a multa de R$ 5 mil pela desistência de participação da Copa FPF (Federação Paulista de Futebol) e R$ 1.810 de dívida com o Sindi-Clube. Além dos gastos para a formação da equipe de 2005 (salários e cerca de R$ 1,5 mil para inscrições de jogadores), o Mauaense também teve de assumir o pagamento da anuidade de R$ 3.750 como filiado da FPF.