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Pouca qualificação atrapalha setor construção civil
14/02/2010 | 07:45
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Edmilson Magalhães/DGABC


O problema da falta de trabalhador qualificado, o segundo mais mencionado pelo setor da construção na sondagem divulgada semana passada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), é mais significativo entre as grandes empresas, conforme explica o gerente executivo de pesquisas da entidade, Renato da Fonseca.

Ele comentou que a hipótese para isso é o fato de as companhias maiores estarem mais otimistas em relação ao crescimento nos próximos seis meses, o que gera maior demanda por mão de obra.

Fonseca disse que a menção ao problema da falta de profissionais surpreende porque é bem maior que o normalmente citado pela indústria de transformação.

De acordo com a sondagem, a falta de pessoas qualificadas fica atrás apenas da elevada carga tributária entre os principais problemas enfrentados pelo setor no quarto trimestre de 2009. Os empresários citaram ainda as condições climáticas adversas e as taxas de juros elevadas.

O vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, afirmou que o problema da mão de obra está relacionado ao fato de que a indústria da construção está inovando mais, porém ressaltou que estão sendo feitos trabalhos de treinamento de profissionais. Ele mencionou, por exemplo, programa de capacitação de 180 mil pessoas oriundas do Bolsa Família para trabalhar no setor.

Martins disse que o grande propulsor do otimismo do segmento da construção é o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a sondagem, os empresários estão com expectativa positiva para os próximos seis meses.

O programa representou mudança de paradigma na forma de atacar o déficit habitacional, estimulando o crescimento da indústria em 2009, segundo o vice-presidente da CBIC. Desde 2003, o setor tem contado com maior volume de financiamentos, que cresceu dez vezes.




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