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Veterinária é morta em Sto.André
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
17/02/2002 | 18:06
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A veterinária Cláudia Viviani, 34 anos, foi morta sábado à noite com um tiro na cabeça quando saía da casa de seu irmão, o médico Luís Fernando Viviani, na Vila Alzira, em Santo André. Um homem saiu de um Ford Ka azul e atirou na veterinária sem falar nenhuma palavra. Luís presenciou a ação, mas disse à polícia não ter condições de descrever o autor dos disparos e que não houve tempo para anotar a placa do carro.

Solteira, Cláudia morava com os pais e era dona de uma clínica veterinária em Mauá, onde, segundo amigos, adotava animais que as pessoas deixavam para ela cuidar. Na próxima semana, a veterinária completaria 35 anos.

Para a família, o crime é inexplicável. Cláudia havia visitado o irmão e, por volta das 22h, se despedia de Luís quando foi atingida.

A veterinária entrou em seu Corsa cinza enquanto seu irmão ficou na calçada. Sentada no banco do motorista, Cláudia fechava a janela do carro no momento em que um homem armado encostou o revólver no vidro e atirou contra a veterinária, e depois fugiu no Ford Ka azul.

Devido à escuridão e à rapidez da ação, o médico disse à polícia que não poderia descrever os traços do homem que atirou em Cláudia. Luís afirmou ainda que o homem não anunciou assalto e que ficou em silêncio, tendo somente atirado e em seguida fugido.

Após ser atingida, Cláudia foi levada pelo irmão ao Pronto-Socorro do Centro Hospitalar de Santo André, onde morreu. O corpo da veterinária foi sepultado domingo à tarde no Cemitério Cristo Redentor, na Vila Pires, em Santo André.

A polícia disse a parentes e amigos de Cláudia que trabalha com duas hipóteses para o crime. A principal é que a veterinária seria assaltada e o ato de fechar as janelas pode ter sido entendido como uma tentativa de fuga, o que teria feito o assaltante atirar; e a outra seria crime passional, apesar de os familiares não apontarem um suspeito.

A família não quis se pronunciar sobre o caso. Alguns amigos da veterinária disseram desconhecer qualquer motivo que levasse à execução de Cláudia. Em depoimento à polícia, Luís Fernando disse que a irmã não mostrou qualquer tipo de temor ou que estaria sendo ameaçada, o que tornaria inexplicável o motivo do crime.

O juiz João Antunes dos Santos Neto, diretor de Comunicação da Associação Paulista de Magistrados e ex-diretor do Fórum de Santo André, amigo da família de Cláudia, considerou revoltante o crime. “Uma pessoa que amava os animais como era a Cláudia não podia estar envolvida em nada que justificasse um crime como esse.”




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