A vitória do Corinthians por 3 a 0 sobre o Americano, neste sábado, pela segunda rodada do Torneio Rio-São Paulo, não foi suficiente para conter os protestos da Fiel no Canindé. Mas o alvo das críticas não estava no gramado, entre os comandados de Carlos Alberto Parreira. "Fora Dualib" (Alberto, presidente do clube), "Fora Hicks Muse" (patrocinador do time), "Diretoria Incompetente" e "Cadê o nosso estádio?" eram alguns dos dizeres nas faixas que explicitavam a insatisfação da torcida.

Os protestos, pacíficos por parte da torcida, acabaram provocando corre-corre com a polícia, que alega que as faixas entraram de modo ilegal no estádio. Não houve registro de feridos.

No gramado, o Corinthians teve dificuldades no primeiro tempo para escapar da marcação da equipe de Campos. Luizão, ainda se recuperando de problemas físicos, pouco se mexeu no meio da zaga americana. Mas a superioridade corintiana prevaleceu e Ricardinho abriu o placar aos 38, após receber passe de Rogério dentro da área.

Na segunda etapa, o Corinthians teve menos dificuldades. "Falei para os jogadores, quero ver se eles (do Americano) agüentam marcar daquele jeito no segundo tempo. Debaixo deste sol é impossível", comentou Parreira após o jogo. A equipe paulista melhorou e ampliou o placar duas vezes.

Aos 23, Deivid serviu Luizão dentro da área. O atacante cortou o zagueiro Marcelo e bateu na saída do goleiro Braz para fazer 2 a 0. Sete minutos depois, o terceiro gol saiu dos pés de outro convocado para a integrar a Seleção Brasileira no amistoso de 31 de janeiro (contra a Bolívia): o lateral Kléber. O colega de Luizão na lista de Luiz Felipe Scolari cruzou com precisão da esquerda e Gil se antecipou a Braz dentro da área para fechar o placar.

O Corinthians soma agora 4 pontos (uma vitória e um empate) no Torneio Rio-São Paulo. O próximo jogo do Timão será um clássico, quarta-feira, na Vila Belmiro, contra o Santos. O Americano de Campos, sem pontuar na competição (duas derrotas), joga contra a Ponte Preta, também quarta-feira, no Rio.