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Faturamento de micro e pequenas empresas cai em SP
Do Diário do Grande ABC
05/06/2000 | 15:18
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O faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de Sao Paulo, em abril, caiu 3,6% em comparaçao com o mês anterior. Comparando-se abril de 2000 com igual período do ano anterior, o faturamento médio das MPEs ficou menos 8,0% abaixo do apresentado no mesmo período de 1999.

O setor que mais contribuiu com a queda do faturamento foi o da indústria que faturou -4,3% no mês em análise. Em seguida, segundo a Pesquisa de Conjuntura das MPEs (Pecompe), feita pelo Sebrae-SP e que consultou 2.200 MPEs, aparece o comércio que caiu 3,8% e serviços que teve saldo negativo de 2,2%.

A Pecompe mostra que em relaçao a abril de 1999, a indústria faturou -7,8%, comércio ficou menos 6,5% e o setor de serviços registrou um nível de faturamento negativo de 14,7%. O resultado positivo verificado em abril, como mostra a pesquisa, ficou por conta do número de pessoal ocupado nas MPEs que atingiu 1,9% em relaçao a março. Da mesma forma, os gastos com salários tiveram variaçao de 2,2% ante o mês passado.

Segundo o gerente de Pesquisas Econômicas do Sebrae-SP, Marco Aurélio Bedê, a explicaçao para a queda no faturamento das MPEs deve-se a dois fatores. O primeiro está ligado à sazonalidade. "O mês de abril é considerado um mês fraco", acrescenta. O segundo está relacionado a uma retraçao de consumo.

Tendências - Para os próximos meses, segundo Bedê, a perspectiva é que os indicadores do nível de atividade geral da economia melhorem. Ele comenta que ainda no primeiro semestre a melhora do mercado de trabalho (mais no nível de emprego do que nos rendimentos) deve trazer um pouco mais de estímulo ao consumo de bens e serviços mais baratos e mais essenciais - setores que contam com maior presença de MPEs.

Apesar da perspectiva positiva, Bedê aconselha cautela às MPEs. De acordo com o gerente de pesquisas, o custo de capital tende a continuar muito elevado para o setor, que deve, portanto, seguir evitando estoques e continuar recorrendo com moderaçao aos recursos de terceiros.

Neste momento, Bedê comenta que, apesar dos juros mais altos e do dólar mais caro, alguns indicadores de desempenho da economia brasileira tendem a continuar exibindo melhora gradativa. Para o economista, a inflaçao segue bem comportada, embora ainda deva ser pressionada nos próximos meses por aumento de tarifas de serviços públicos e de produtos cujos preços sao influenciados pela taxa de câmbio (matérias-primas importadas e produtos cotados em dólar).




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