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Doria lamenta encerramento da Ford em São Bernardo, mas segue acreditando em negociações

Montadora norte-americana vai demitir 650 trabalhadores do chão de fábrica e findar a produção de caminhões

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
30/10/2019 | 13:03
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Denis Maciel/DGABC


O governador João Doria (PSDB) lamentou o encerramento das atividades da Ford, em São Bernardo, que acontece hoje. A montadora norte-americana vai demitir 650 trabalhadores do chão de fábrica e findar a produção de caminhões na unidade. De acordo com o tucano, as negociações com ao grupo brasileiro Caoa, que já assumiu interesse em comprar a unidade, continuam.

“É do privado para o privado. O governo não tem interferência, ele estimula, aproxima, indica. Mas, uma fábrica privada só pode ser vendida para uma (outra empresa) privada, é uma relação direta entre a Ford do Brasil e a Caoa. A Ford, determinadamente como tinha anunciado, encerra hoje o período dos últimos 650 funcionários da fábrica”, disse a jornalistas, em evento na Capital.

Apesar do fechamento das portas da fábrica, ainda sem definição de um comprador, Doria mostrou otimismo com a transação entre a Caoa e a Ford. “Nós lamentamos bastante, mas continuamos acreditando em um entendimento que poderá a vir e esses profissionais e também os que foram dispensados (1.200 desde o início do ano) ao longo dos meses, possam ser recolocados nesta mesma fábrica ou em outra. Nós estamos incentivando muito o setor automotivo e teremos novidades, possivelmente até o fim do ano, mas desejamos muito que o entendimento entre a Ford, a Caoa ou outro comprador possa ser feito”, afirmou o governador.

Na sexta-feira, em agenda em São Bernardo, Doria revelou que considera a entrada de empresas chinesas nas negociações como um plano B, caso as tratativas com a Caoa não evoluam. A planta da região chegou a manter 12 mil empregos em 1987 e fabricou modelos como o Corcel, o Del Rey e o Escort XR3, no início do ano tinha 2.800 trabalhadores. (com informações de Miriam Gimenes)
 




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