Segundo informações da polícia, o crime começou por volta das 16h30 na rua Martins, no bairro Paulicéia, em São Bernardo, próxima à divisa com Diadema. Após render a vítima com um revólver calibre 38, Santos o obrigou a descer do seu Gol prata e assumiu a direção.

Santos, então, seguiu em direção à Diadema. Uma viatura da Polícia Militar da 2ªCompanhia do 6º Batalhão recebeu o comunicado do roubo e cruzou com o carro roubado na avenida das Ameixeiras, no Jardim ABC, já em Diadema, e sinalizou para que parasse. O ladrão, então, desacelerou o carro e simulou que se entregaria.

O assaltante, porém, sacou seu revólver e apontou para os policiais, acelerando o carro em seguida e iniciando a fuga. Os policiais militares passaram a segui-lo, mas na rua Almira Senna Ramos, no mesmo bairro, a perseguição terminou com uma tragédia. A dona de casa Maria Aparecida, que voltava para sua casa nas proximidades, foi atropelada e arremessada vários metros adiante. Ela não resistiu aos graves ferimentos e morreu antes da chegada do resgate. “Havia uma criança perto da senhora. Foi muita sorte ela não ter sido atropelada também”, disse um morador próximo.

Na mesma rua, poucos metros adiante, os policiais conseguiram abordar e render o assaltante, que não ofereceu resistência e se entregou. Segundo informações de um policial, o assaltante pode ter arremessado o carro contra a mulher. “Deu a impressão que ele jogou o carro contra a senhora, talvez com a intenção de fazer com que nós a fossemos socorrê-la e facilitasse sua fuga”, disse. O ladrão, porém, não teve essa sorte porque o impacto do atropelamento foi tão violento que ele perdeu o controle do carro e foi rendido metros adiante. Com ele, foi encontrado o revólver calibre 38 usado para fazer o assalto do Gol momentos antes.

Santos, porém, negou que tenha atropelado a vítima com esse propósito. “Foi sem querer que eu a atropelei. Só estava tentando fugir da polícia”, disse. Ele confessou também que já cumpriu doze anos de cadeia por assalto à mão armada. Solto em 1992, ele trabalhou como vendedor mas continuou praticando pequenos roubos e furtos.

Familiares da dona de casa estavam em estado de choque e não quiseram comentar sobre o trágico episódio.