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Gripe suína: Grande ABC registra 24 mortes
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
25/08/2009 | 07:40
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O Grande ABC chegou hoje a 24 mortes provocadas pela gripe suína, com mais um óbito confirmado em Diadema. A região tem uma taxa de mortalidade entre infectados pelo vírus Influenza A (H1N1) semelhante à da Argentina e duas vezes e meia maior que a média do Estado de São Paulo. Os números divulgados por órgãos oficiais apontam para praticamente um morto a cada 100 mil habitantes.

A sétima morte anunciada pela Prefeitura de Diadema é a de um homem de 57 anos. Não foi divulgado o bairro onde morava, se existia alguma comorbidade ou fator de risco associado ao óbito. Ele faleceu em 8 de agosto, em um hospital da Capital.

Até o momento, foram 24 mortos em cinco cidades do Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano, e Ribeirão Pires são as outras). Rio Grande da Serra não registrou óbitos, e Mauá não divulgou até o momento boletins sobre a situação da gripe suína no município.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram confirmados 179 mortos em São Paulo até sexta-feira entre os contaminados pelo vírus H1N1, uma taxa de 0,43 para cada 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde somava até a última quarta 368 óbitos em todo o País, com índice de 0,19. Na Região Metropolitana foram 92, com indicador idêntico ao da Capital paulista (51), de 0,46.

Estatisticamente, o cenário no Grande ABC é semelhante ao da Argentina. Os vizinhos do Sul do continente também têm taxa de um óbito para cada 100 mil habitantes. Em números absolutos, porém, as diferenças são gigantescas: são 40 milhões de argentinos e 404 mortes no país, onde a gripe provocou grave crise sanitária.

Mais próximo do ABC em dimensão populacional, o Uruguai contabiliza 22 mortos em 3,3 milhões de habitantes - a taxa, porém, é de 0,65 por 100 mil habitantes.

Professor de Estatística da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), Leandro Campi Prearo vê como plausíveis "matematicamente" as comparações. "As taxas por 100 mil habitantes são feitas justamente para isso. Não há problema algum ao se colocar esses números lado a lado", explica.

A Secretaria de Estado da Saúde foi questionada sobre a taxa de mortalidade no Grande ABC, mas afirmou que não comenta dados regionais.




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