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Zonta sofre acidente e rompe ligamentos de 4 dedos
Do Diário do Grande ABC
10/04/1999 | 16:16
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Nao vai ser desta vez que Ricardo Zonta disputará um GP de Fórmula 1 no Brasil. O piloto da equipe BAR sofreu neste sábado, nos treinos livres de Interlagos, o mais sério acidente da sua carreira: na entrada da curva Laranjinha, a traseira do seu carro projetou-se de repente para fora da pista, lançando-o contra o guard-rail, a cerca de 180 km/h. Pela dimensao do impacto, os danos físicos foram poucos. Zonta teve um corte profundo no pé esquerdo, que chegou romper os ligamentos de quatro dedos. Só o dedao saiu ileso. O piloto foi anestesiado da cintura para baixo, sofreu cirurgia para recuperaçao dos tendoes e fica no hospital até este domingo. O tempo de recuperaçao estimado é de duas a quatro semanas.

A imagem do carro da BAR despedaçado, na área de escape do Laranjinha, às 10h26, sugeria que o piloto poderia ter sofrido conseqüências sérias. Como a segurança da Fórmula 1 evoluiu muito depois da morte de Ayrton Senna, em 1994, Zonta saiu do acidente apenas com o ferimento no pé. "Eu quero ligar para minha mae para tranquilizá-la", disse o piloto, logo ao chegar no centro médico montado pela Unicor no autódromo. Imobilizado pelos médicos que o atenderam ainda na pista, coordenados pelo doutor Sid Watkins, da FIA, o piloto da BAR foi transportado, às 10h50, de helicóptero, para o hospital Duprat, a fim de se submeter a exames mais detalhados sobre seu estado.

As 11:45 um boletim médico assinado pelo médico Ailton Beraldo dizia que Zonta estava passou por uma cirurgia de Tenorrafia (sutura do tendao), mas que seu quadro era estável, sem alteraçoes neurológicas. No hospital, Zonta desejava saber a todo instante se poderia participar do GP do Brasil, contou o doutor Dino Altman, que o acompanhou no helicóptero. Para o seu empresário, Geraldo Rodrigues, o piloto afirmou que "provavelmente alguma coisa quebrou na suspensao traseira." Depois explicou: "Antes ainda de iniciar o início da curva nao conseguia mais controlar o carro." Ele deixou a pista num ponto onde nem mesmo há caixa de brita, por nao ser comum uma reaçao dessas do automóvel, naquele local, o que reforça a tese de Zonta, de que algum componente se rompeu. O corte no pé foi provocado por um dos braços da suspensao dianteira esquerda, que no choque contra o guard-rail perfurou a célula de sobrevivência, atingindo-o




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