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Servidores públicos rejeitam proposta e ameaçam greve
Do Diário OnLine
Com Agências
20/04/2004 | 22:55
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Os sindicatos que representam os servidores públicos federais rejeitaram nesta terça-feira a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. Insatisfeitos, os funcionários saíram da mesa de negociações mantendo a ameaça de iniciar uma greve geral a partir de 10 de maio. O governo avisou que não vai elevar a oferta, que prevê aumentos de 10% a 32% para cerca de 905 mil servidores ativos e inativos. Só a Fasubra - entidade que reúne funcionários de universidades – mostrou-se interessada em fechar acordo e aceitar o reajuste.

Os trabalhadores do serviço público federal reivindicam reposição de 50,19%, política salarial de correção das distorções, incorporação das gratificações e definição de um plano de cargos e carreiras.

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, argumentou que um aumento de 50,19%, como querem os sindicalistas, é impossível. Ele informou que os servidores recebe ão no próximo contracheque uma explicação da proposta do governo. Com isso, ele acredita que a base dos servidores deve recuar. "Nós acreditamos que pode haver um movimento positivo em torno da proposta, uma vez avaliada pelo conjunto dos servidores. Quem sabe possamos evitar a greve?"

No outro lado da corda, os sindicalistas mantêm a disposição de cobrar as reivindicações. "A proposta do governo é irrisória e excludente", afirmou o líder Adílson Santos, ressaltando que o movimento quer um reajuste igual para todas as categorias, inclusive para funcionários da ativa e aposentados.

O presidente da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condesef), Pedro Souza, afirmou que todos os funcionários devem entrar em greve a partir de 10 de maio, caso persista a falta de acordo com o governo. Mas Mendonça acredita que a adesão à greve será pequena. Ele não descarta até mesmo a retirada da última proposta do governo, numa resposta à resistência dos sindicalistas em chegar a um acordo.

Apenas a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) acertou os ponteiros com o governo. O presidente da entidade, Edvaldo Rosas, afirmou que a categoria aceita se houver uma confirmação por escrito de que o governo fará uma proposta de construção de carreira. "O reajuste oferecido pelo governo é insuficiente, mas em parte resolve", disse.




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