A torcida clamou por seu retorno e reaproveitamento. O ex-técnico Sandro Gaúcho o elogiava. O atual, Rotta, o exalta. Pessoas da comissão técnica e dirigentes esperam que sua dedicação e disposição contagiem a todos do grupo. Esta é a moral que o volante Juninho está no Santo André.

Revelado nas categorias de base do clube, esteve no grupo que conquistou os acessos para a Série A-1 do Paulista e elite do Brasileiro em 2008. Depois disso, porém, acabou afastado, sendo constantemente emprestado.

No primeiro semestre, foi levado por Rotta para o Grêmio Catanduvense e, juntos conquistaram o acesso na Série A-2. O destino quis que ambos se reencontrassem no Ramalhão, desta vez em busca do acesso em prol da equipe andreense. Eles, inclusive, não poupam elogios um ao outro.

"Quando estava no Catanduvense, pedi sua contratação e ele ajeitou meu time. Hoje está jogando em alto nível, com espírito de Santo André, valente, guerreiro", elogiou Rotta referindo-se à atuação do volante contra o Caxias, domingo, no Sul. "Tenho ele como um paizão. No pior momento da minha vida, me ajudou me levando para o Catanduvense", rebateu Juninho.

De fato, o jogador demonstrou muita entrega em Caxias do Sul. Não tinha bola perdida no campo defensivo ou ofensivo. Apesar do porte, demonstrou velocidade para puxar inclusive contra-ataques. Tal disposição tem um significado: amor ao Ramalhão. "Me entrego porque gosto muito do clube. Comecei na base, tive os acessos... Tudo o que tenho, ter dado uma vida melhor para a minha família, devo ao Santo André", afirmou o volante.

Juninho conta que os aprendizados com Rotta são diários e explica o porquê. "Ele me diz o caminho certo. Temos muita semelhança por ele ter jogado na mesma posição que atuo", afirmou.

Xodó da torcida, ele espera que compareça em peso no domingo, contra a Chapecoense, no Bruno Daniel. "Queremos apoio total deles."

TRIBUNAL

O julgamento do Brasil de Pelotas, adiado na semana passada, mais uma vez não foi realizado. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva emendou o feriado e não definiu a denúncia de escalação irregular de um atleta gaúcho, que pode fazer o Xavante perder seis pontos na Série C.

Já o meia Cristiano Brasília não foi enquadrado no artigo 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (incitar publicamente ódio ou violência) e foi incluso no artigo 258-A (provocar o público durante partida). Assim, a pena de multa de até R$ 100 mil e 720 dias cai para dois a seis jogos.

HOMENAGEM

Antes da partida contra a Chapecoense, no domingo, jogadores, comissão técnica, funcionários e dirigentes do Santo André realizarão homenagem ao gerente administrativo do Saged (Santo André Gestão Empresarial Desportiva), Everton Prates. Aos 35 anos, ele está enfermo, com grave problema de saúde.

"Os jogadores estarão empenhados em conquistar a vitória primeiro pensando na classificação, mas também em oferecê-la ao Everton. É uma pessoa querida por todos", disse o preparador físico Stelio Metzker.

Jogo às 16h preocupa visibilidade do goleiro andreense

Por decisão da Confederação Brasileira de Futebol, a partida de domingo entre Santo André e Chapecoense, no Estádio Bruno Daniel, está mantida para 16h. A previsão do tempo aponta chuva no período da tarde, com pôr do sol previsto para 17h59. E a preocupação gira em torno de a praça andreense não ter mais iluminação nos dois lados após a demolição da marquise que sustentava as girafas-suporte.

O mais preocupado é o goleiro André Luís. "Se estiver chuvoso, pode atrapalhar a visibilidade. Mas é um jogo importante para a gente que nada pode atrapalhar", afirmou o jogador. "Mas pelo que temos visto, às 18h ainda tem luz", emendou o diretor de futebol do Ramalhão, Luiz Antonio Ruas Capella.

A não alteração de horário - requisitada pelo clube - se deve ao fato de a partida entre Joinville e Brasil de Pelotas, em Santa Catarina, necessariamente ter de ser disputada ao mesmo tempo. O regulamento da Série C prevê as duas últimas rodadas no mesmo dia e hora.