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Empresas ampliam investimento em TI
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
31/03/2003 | 18:32
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A crise que assolou a economia em 2002 não impediu que as empresas brasileiras investissem, como nunca, em tecnologia da informação. Em média, as corporações gastaram 4,7% do faturamento líquido em TI no ano passado – o que significa um crescimento de 4,4% em relação a 2001.

Os números constam da 14ª Pesquisa Administração de Recursos de Informática, realizada entre novembro de 2002 e fevereiro deste ano pela Escola de Administração de Empresas da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com 3 mil corporações brasileiras, entre elas 60% das 500 maiores empresas do país.

Segundo a pesquisa, o investimento em TI cresceu, em média, 9% ao ano nos últimos 14 anos – basta lembrar que, em 1988, o montante gasto em informática era equivalente a 1,3% do faturamento. Os números, entretanto, ainda são modestos se comparados aos verificados em outros países. Nos Estados Unidos, segundo o Gartner Group, as empresas investiram 8% do faturamento em 2000, o dobro da média brasileira naquele ano.

O CAPT (Custo Anual por Teclado) – índice que resulta da divisão do gasto total em TI pelo número de teclados e constitui uma alternativa ao controverso TCO (Custo Total de Propriedade), adotado por boa parte das empresas brasileiras – caiu de US$ 12 mil, em 2001, para US$ 10 mil, no ano passado. Em reais, entretanto, o CAPT subiu cerca de 10%, saltando para R$ 31 mil – o motivo, é claro, foi a desvalorização cambial.

“Os valores comprovam um crescente processo de informatização no ambiente corporativo, que concretizam as previsões publicadas no início do ano passado, consideradas otimistas na época em função do cenário econômico desfavorável”, afirma Fernando Meirelles, vice-diretor da EAESP-FGV e coordenador da pesquisa. Para 2003, Meirelles prevê um pequeno crescimento no investimento em TI.

Base ativa – A evolução no processo de informatização no Brasil também pode ser comprovado pelo crescimento do parque instalado brasileiro. Segundo a pesquisa, o país possui atualmente 18 milhões de computadores em uso, o que inclui o ambiente doméstico, contra os 14 milhões de um ano atrás. O parque instalado também rejuvenesceu: hoje, os computadores dotados de processadores do tipo Pentium 3 ou 4 constituem quase 50% da base ativa do Brasil – segundo o levantamento, a vida útil do micro no ambiente corporativo caiu de oito anos, na década de 80, para três anos nos dias atuais.

O parque instalado deve crescer ainda mais. “Em 2003, a previsão aponta vendas superiores aos 4,4 milhões de PCs comercializados no ano passado”, afirma Meirelles. Em 2005, segundo o levantamento, o Brasil terá 25 milhões de computadores ativos. A relação usuário/ micro nas empresas (1,1), entretanto, manteve-se estável em relação à verificada no ano passado.

A pesquisa da EAESP-FGV também mostrou que 65% das empresas pesquisadas utilizam sistemas integrados de gestão (ERP). O SAP ainda é o mais adotado (23%).




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