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Autoridades negam cancelamento de GP

Incidente com mecânicos sugere fim de prova no Bahrein, mas príncipe e Ecclestone descartam

Das Agências
21/04/2012 | 07:01
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Pelo segundo dia consecutivo, protestos no Bahrein envolveram equipes de Fórmula 1 e sugerem a possibilidade de a quarta prova da temporada ser cancelada. Após mecânicos da Force India ficarem presos em conflito entre manifestantes e a polícia, na quarta-feira, na noite de anteontem foi a vez da Sauber presenciar os protestos.

O micro-ônibus com 12 funcionários da equipe ficou parado no trânsito de uma rodovia da capital Manama, devido a um incêndio no canteiro central da via causado pelos protestantes. A equipe saíra do circuito de Sakhir e voltava para o hotel, que fica na cidade.

No site oficial da escuderia, a Sauber explicou que manifestantes mascarados chegaram a pular para o lado da estrada onde estava o ônibus da equipe e queimar uma garrafa no asfalto. Apesar do susto, os mecânicos saíram ilesos.

Ontem, enquanto os carros entravam na pista do circuito de Sakhir para o primeiro treino livre, equipes de força do governo se confrontavam com ativistas. Apesar de toda essa situação, o príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa al-Khalifa, descartou a possibilidade de cancelamento do Grande Prêmio.

"Ao contrário do que tem sido relatado, não estamos querendo parecer perfeitos. Somos um país real com problemas reais e esperamos que vocês vejam nossas complexidades e sombras", disse o príncipe. "Acho que cancelar a corrida apenas fortaleceria os extremistas", explicou.

O chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, também negou tal possibilidade. "Não posso cancelar a corrida. Não tem nada a ver conosco, com a corrida. Estamos aqui, temos um contrato para estar aqui e aqui estamos. A Force India foi perguntada e avisada que poderia ter a segurança que desejasse. Não sei se as pessoas estão escolhendo eles como alvo por alguma razão. Não sei. Espero que não, porque mais nenhuma equipe parece ter tido problemas".

O país passa por crise política. A parte xiita da nação pede a deposição do rei Hamad, cuja dinastia sunita (denominada al-Khalifa) está no poder desde 1783. Os manifestantes aproveitam a visibilidade que a competição levou ao Bahrein para protestar contra o governo local. Um grupo ativista chegou a prometer três "dias de fúria" nos dias do GP.

SITE OFICIAL
O site oficial da Fórmula 1 ficou fora do ar por mais de duas horas ontem. A partir das 11h (Brasília), o portal apresentava instabilidade. Segundo a imprensa internacional, o responsável pelo ato foi o grupo hacker Anonymous, que não realizou invasão do site, mas gerou sobrecarga no sistema.

Nico Rosberg faz melhor tempo dos treinos livres

O campeão do Grande Prêmio da China Nico Rosberg fez o melhor tempo nos treinos livres de ontem, no circuito de Sakhir, no Bahrein. O inglês Lewis Hamilton havia cravado o melhor tempo nos testes do período da manhã, mas foi superado pelo piloto da Mercedes.

O alemão foi seguido pela dupla da Red Bull, Mark Webber e Sebastian Vettel. Hamilton, com a McLaren, acabou em quarto, seguido por Michael Schumacher, da Mercedes, em quinto, e Jenson Button, McLaren, em sexto.

Os brasileiros não tiveram bom desempenho nas pistas do país. Pela Ferrari, Felipe Massa alcançou apenas a 12ª colocação (o companheiro de equipe, Fernando Alonso ficou em oitavo), e Bruno Senna, da Williams, fechou o dia com o 18º melhor tempo.

Apenas 22 pilotos foram para a pista, pois a Force India decidiu não participar da segunda etapa dos treinos por questões de segurança.

O treino classificatório à prova começa hoje, às 8h (Globo). O Grande Prêmio será amanhã, às 9h.




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