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Em Indianápolis, McLaren começa impor o 'domínio prateado' na pista
Flavio Gomes
Especial para o Diário
18/06/2005 | 08:05
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O ano começou com uma equipe, a Renault, sendo chamada de "Ferrari azul", depois de quatro vitórias seguidas de Fisichella e Alonso. Mas em Barcelona a coisa mudou. E, ainda usando a equipe italiana como referência, já que papou os últimos seis títulos mundiais de construtores, pode-se dizer que agora é a hora e a vez da "Ferrari prateada".

A McLaren ganhou três das últimas quatro corridas, e só não venceu mais uma, em Nürburgring, porque Kimi Raikkonen estourou a suspensão na última volta. Nesta sexta, em Indianápolis, o time de Ron Dennis deu mais uma demonstração de força. Eram treinos livres, sim, que não valem nada. Exceto para mostrar, em pistas que são raramente usadas, caso da americana, quem começa um fim de semana de GP realmente na frente.

Os prateados fizeram primeiro e segundo tempo, com Juan Pablo Montoya diante de Raikkonen, que luta mais diretamente pela taça em 2005 - está 22 pontos atrás de Alonso. O colombiano cravou 1min11s118 contra 1min11s228 de seu parceiro finlandês. Depois deles apareceram, de surpresa, os dois pilotos da Ferrari, que vêm tendo uma temporada, no mínimo, irregular.

O susto do dia foi de Ralf Schumacher, da Toyota. No início do segundo treino desta sexta, o alemão escapou na curva 11, que vem a ser a primeira do oval no sentido contrário, e bateu exatamente onde no ano passado se arrebentou com a Williams. Ficou mais de três meses parado por conta de fraturas em duas vértebras.

Nesta sexta, o acidente foi menos impactante. Ralf saiu do carro sozinho, meio grogue, é verdade, mas a Toyota informou que ele corre normalmente. Neste sábado volta à pista a partir das 11h (de Brasília) para novos treinos livres e, às 15h, parte para a classificação, que define o grid do GP dos EUA, nona etapa do Mundial.

Os tempos da McLaren nos treinos livres, embora na aparência sejam próximos dos demais, são significativos porque o circuito de Indianápolis é curto e a tendência é de marcas muito parecidas. Montoya colocou 0s6 sobre Barrichello, o terceiro colocado. É uma boa vantagem. "Vamos lutar pela pole e pela vitória. Acho que tenho boas chances de ganhar aqui", falou o colombiano, que venceu em Indianápolis em 2000, só que no oval, e pela IRL.

A Ferrari, que tem ótimo retrospecto na pista de Indiana, com quatro vitórias e quatro poles em cinco edições da corrida, ficou animada com o resultado. Mas não faz previsões muito otimistas. "Por enquanto, pensamos em pódio. Mas ainda tem muita coisa para acontecer", falou Schumacher, o quarto colocado nesta sexta.




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