"Frida" de Julie Taymor, com a mexicana Salma Hayek no papel de Frida Kahlo, cercada por Antonio Banderas, Geoffrey Rush e Ashley Judd, abrirá a competição pelo Leão de Ouro. Este ano, 21 filmes disputam a premiação, que será entregue no dia 8 de setembro, por um júri presidido pela atriz chinesa Gong Li. Os filmes são:

- "Bear's Kiss" de Sergei Bodrov (Alemanha/França/Espanha/Itália/Suécia) - "Fuehrer Ex" de Winfried Bonengel (Alemanha) - "Meili Shiguang" (O melhor dos tempos) de Tso-Chi Chang (Taiwan) - "Far from Heaven" de Todd Haynes (EUA) - "Un monde presque paisible" (Um mundo quase em paz) de Michel Deville (França) - "Nackt" de Doris Dörrie (Alemanha) - "Dirty Pretty Things" de Stephen Frears (GB) - "La forza del passato" de Piergiorgio Gay (Itália) - "Nha Fala" (Minha voz) de Flora Gomes (Portugal/França/Luxemburgo) - "The Tracker" de Rolf de Heer (Austrália) - "Julie Walking Home" de Agnieszka Holland (Alemanha/Canadá/Polônia) - "Dolls" de Takeshi Kitano (Japão) - "Dom Durakov" (Casa de loucos) de Andrei Konchalovski (Rússia/França) - "L'homme du train" (O homem do trem) de Patrice Leconte (França) - "Oasis" de Chang-Dong Lee (Coréia do Sul) - "Au plus près du paradis" (Muito perto do Paraíso) de Tonie Marshall (França/Espanha/Canadá) - "Road to Perdition" de Sam Mendes (EUA) - "The Magdalene Sisters" de Peter Mullan (GB) - "Un viaggio chiamato amore" de Michele Placido (Itália) - "Frida" de Julie Taymor (EUA) - "Velocitá massima" de Daniele Vicari (Itália)

O suíço Moritz de Hadeln, nomeado há apenas cinco meses para organizar a Mostra, conseguiu fazer um seleção eclética. Nomeado em plena polêmica política-cultural do governo Silvio Berlusconi, para suceder precipitadamente Alberto Barbera, Moritz de Hadeln conseguiu, graças a seus 22 anos de experiência a frente do Festival de Berlim, atrair cineastas consagrados como o britânico Stephen Frears, o francês Patrice Leconte, o japonês Takeshi Kitano (Leão de Ouro em 1997) e os americanos Clint Eastwood e Steven Soderbergh.

Perto da data em que os atentados aos Estados Unidos completam um ano, a Mostra vai apresentar o filme "11'09"01", realizada por onze cineastas, entre eles o japonês Shohei Imamura e o americano Sean Penn, passando pela iraniana Samira Majmalbaf e o burquinense Idrissa Ouedraogo. Também será exibido o primeiro filme rodado em Manhattan depois dos atentados, "Au plus près du paradis" ("Muito perto do paraíso") de Tonie Marshall, um encontro romântico entre Catherine Deneuve e William Hurt.

Em "Casa dos loucos", o russo Andrei Konchalovsky fala sobre a guerra na Chechênia. John Malkovich vai apresentar "hors-concours" seu primeiro longa-metragem como diretor, "Dancer upstairs", sobre Abimael Guzmán, o dirigente do movimento guerrilheiro peruano Sendero Luminoso.

Revelado por "American Beauty", Sam Mendes vai apresentar "Road to perdition", com Tom Hanks e Paul Newman. Audrey Tautou, atriz francesa que ficou famosa com "Amelie Poulain", vai mostrar seu novo filme, "Dirty pretty things", de Stephen Frears.

Diva do cinema italiano, Sophia Loren irá a Veneza depois de 20 anos de ausência graças a "Between strangers", filme dirigido por seu filho Edoardo Ponti, no qual trabalha com Mira Sorvino e Gérard Depardieu. Harrison Ford estará no Lido para apresentar "K-19" de Kathryn Bigelow, crônica de um acidente num submarino nuclear russo.

Junto às grandes produções hollywoodianas, Moritz de Hadeln manteve a idéia de uma segunda competição reservada a obras mais inovadoras na mostra "Contra corrente", na qual 18 filmes disputam o Prêmio San Marco, entre eles "A virgem da luxúria" do mexicano Arturo Ripstein, "Rosa a China", co-produção íbero-cubano-francesa de Valeria Sarmiento, "Poente" do espanhol Chus Gutiérrez, "Vendredi soir" da francesa Claire Denis, "Full frontal" de Steven Soderberg com Julia Roberts e "Um homem sem Ocidente" do francês Raymond Depardon.