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Na região, emissão de CNH cresce 5%

Número está em sinergia com o cenário estadual, entretanto, tendência ainda é de queda

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
04/09/2019 | 07:00
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Pixabay


A emissão de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) nas sete cidades aumentou 5,33% em 2018, passando de 32.213, em 2017, para 33.931 documentos, de acordo com informações do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). Os números seguem o cenário estadual, onde a alta foi de 5,76% no período. Neste ano, até maio, foram 13.846 novas carteiras de motoristas na região e 233.437 no Estado.

Eduardo Biavati, sociólogo e consultor em segurança no trânsito, afirma que um dos aspectos que justificam o crescimento é que a população estava otimista com a economia. “Um dos principais fatores que impedem alguém de tirar a carteira de motorista é o custo, que pode chegar a R$ 3.000, ou seja, as pessoas estavam mais dispostas a gastar e, prova disso, é que os emplacamentos também aumentaram à época (20,99% entre 2017 e 2018, conforme a Fenabrave).”

“O único ponto negativo da CNH é o preço, principalmente porque há pouco investimento em melhorias no setor”, opina Gabriela Guimarães, 25 anos, jornalista e residente em Santo André.

Creso de Franco Peixoto, professor do curso de engenharia civil da FEI e especialista em transporte, salienta que há tendência de alta nas vagas de emprego que exigem a licença, assim como o aumento de oportunidades que envolvem esta força de trabalho.

Foi este pensamento que levou Vinicius Zuccoli, 31,mercadólogo de São Bernardo, a investir na carteira de motorista há quase 12 anos. “Além de poder ser útil em uma emergência, ela pode abrir portas no mercado de trabalho, seja em uma empresa ou como motorista de aplicativo”, conta.

Porém, especialistas avaliam que 2018 foi uma exceção, pois a queda na emissão de CNH, que foi de 25,72% desde 2014 na região, é uma tendência mundial. “Hoje, os jovens pensam na questão que os carros entopem as ruas, além dos aspectos sustentáveis”, assinala Peixoto. “A mudança de comportamento em relação ao uso da bicicleta e de aplicativos também impacta”, completa Biavati.

Inclusive, caso a emissão do documento siga a média mensal de 2.769 observada de janeiro a maio de 2019, o número voltará a cair neste ano, uma vez que seriam 33.230 novos condutores nas sete cidades – em todo Estado, com 560.248, também teria queda.

“Durante muito tempo o problema era o custo e, mesmo assim, o transporte público sempre funcionou para mim. Quando preciso voltar tarde para casa os aplicativos têm ajudado muito”, relata a moradora de Santo André Paula Oliveira, 24, fotógrafa. “A carteira de motorista é importante e pretendo tirá-la um dia, mas não sei quando.”




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