A Receita Federal do Brasil registrou em setembro arrecadação recorde de R$ 48,480 bilhões em impostos, alta de 8,46% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, a Receita já arrecadou R$ 429,967 bilhões.

O crescimento das receitas com taxas e contribuições controladas por outros órgãos igualmente administradas pela Receita foi de 10,19% em relação a setembro de 2006. No mês passado, a arrecadação real da Receita, descontada a inflação, registrou alta de 4,14% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação a agosto deste ano, houve queda de 0,53%.

De acordo com a Receita, a queda de arrecadação em setembro em relação ao mês anterior se deve ao pagamento, em agosto, da primeira cota ou cota única do ITR (Imposto Territorial Rural) referente a 2006 e ao menor número de dias úteis (quatro menos que agosto), que afeta o recolhimento diário do Imposto sobre Importação e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vinculado à exportação.

Outra razão apontada pela Receita foram os recolhimentos atípicos em agosto de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da CCSLL (Contribuição sobre Lucro Líquido) por parte de instituições financeiras, referente à venda de participações acionárias.

Segundo a Receita, o volume recorde de arrecadação para o mês de setembro se deve ao aumento da arrecadação do IPI referente aos automóveis, que cresceu 40,5%, além de receitas administrativas. Também colaborou para o aumento na arrecadação da Receita a alta nas contribuições previdenciárias, que somaram R$ 12,430 bilhões – volume 6,35% superior em relação a 2006.