“A maioria dos pacientes com doenças contagiosas terá uma atenção dirigida, o que freqüentemente exige internação com isolamento, durante o período de contágio. Cada quarto terá no máximo três leitos, com todos os suportes necessários para diagnóstico e tratamento”, disse o diretor do Serviço de Moléstias Infecciosas do hospital, o infectologista Hélio Vasconcellos Lopes, 61 anos, que também coordena o mesmo setor no Hospital Heliópolis, em São Paulo.
Segundo ele, na enfermaria serão tratados portadores do vírus HIV, causador da Aids, de cachumba, infecções urinárias e generalizadas, de meningite, pneumonia, sarampo e varicela, entre outros. “Teremos condições, inclusive, de fazer internações em casos de surtos de epidemias, como o da dengue ou da cólera. É essencial destacar que os pacientes serão atendidos sem necessidade de ter convênio com medicina de grupo.”
O infectologista explicou que a equipe de atendimento será formada, nessa primeira etapa, por três especialistas e cinco plantonistas. “Os pacientes terão também acesso a exames complexos, desde tomografia computadorizada a cirurgias de emergência.”
Demanda – Na enfermaria da clínica médica, a demanda partirá do ambulatório de especialidades do hospital, além da DIR-2. “Atenderemos, com a adoção de medicamentos e métodos não-invasivos, a complicações de casos nas áreas de cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia, nefrologia, neurologia, oncologia, pneumologia e reumatologia”, explicou a coordenadora do setor, a cardiologista Ieda Jatene.
O diretor técnico da DIR-2, Edson Antônio Pedruzzi, informou que caberá ao órgão regular o encaminhamento de situações de urgência, principalmente da demanda de pronto-socorros e hospitais municipais.
“Os serviços que estão sendo inaugurados no Hospital Estadual de Santo André vieram complementar a rede já existente na região. Pacientes com casos resistentes de Aids terão uma retaguarda. Mas, com certeza, a demanda será bem menor do que na década de 80, quando a epidemia era de difícil controle e não tinha um controle ambulatorial como hoje”, comparou.
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