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Hospital Estadual vai ter enfermaria para moléstias infecciosas
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
09/11/2002 | 18:55
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O Hospital Estadual de Santo André vai inaugurar nesta segunda uma enfermaria com 21 leitos (adultos) para pacientes portadores de moléstias infecciosas que será referência de atendimento especializado no Grande ABC. Simultaneamente, começará a funcionar uma enfermaria de clínica médica, com 25 leitos, para cerca de dez patologias. A triagem dos usuários dos dois setores será feita principalmente pelo plantão controlador da DIR-2 (Divisão Regional de Saúde), órgão subordinado à Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela região.

“A maioria dos pacientes com doenças contagiosas terá uma atenção dirigida, o que freqüentemente exige internação com isolamento, durante o período de contágio. Cada quarto terá no máximo três leitos, com todos os suportes necessários para diagnóstico e tratamento”, disse o diretor do Serviço de Moléstias Infecciosas do hospital, o infectologista Hélio Vasconcellos Lopes, 61 anos, que também coordena o mesmo setor no Hospital Heliópolis, em São Paulo.

Segundo ele, na enfermaria serão tratados portadores do vírus HIV, causador da Aids, de cachumba, infecções urinárias e generalizadas, de meningite, pneumonia, sarampo e varicela, entre outros. “Teremos condições, inclusive, de fazer internações em casos de surtos de epidemias, como o da dengue ou da cólera. É essencial destacar que os pacientes serão atendidos sem necessidade de ter convênio com medicina de grupo.”

O infectologista explicou que a equipe de atendimento será formada, nessa primeira etapa, por três especialistas e cinco plantonistas. “Os pacientes terão também acesso a exames complexos, desde tomografia computadorizada a cirurgias de emergência.”

Demanda – Na enfermaria da clínica médica, a demanda partirá do ambulatório de especialidades do hospital, além da DIR-2. “Atenderemos, com a adoção de medicamentos e métodos não-invasivos, a complicações de casos nas áreas de cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia, nefrologia, neurologia, oncologia, pneumologia e reumatologia”, explicou a coordenadora do setor, a cardiologista Ieda Jatene.

O diretor técnico da DIR-2, Edson Antônio Pedruzzi, informou que caberá ao órgão regular o encaminhamento de situações de urgência, principalmente da demanda de pronto-socorros e hospitais municipais.

“Os serviços que estão sendo inaugurados no Hospital Estadual de Santo André vieram complementar a rede já existente na região. Pacientes com casos resistentes de Aids terão uma retaguarda. Mas, com certeza, a demanda será bem menor do que na década de 80, quando a epidemia era de difícil controle e não tinha um controle ambulatorial como hoje”, comparou.




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