Política Titulo Após denúncia em Mauá
Alaíde determina a revisão de valor dos sacos de lixo
Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/08/2019 | 06:03
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Um dia depois de o Diário revelar que o governo da prefeita de Mauá, Alaíde Damo (MDB), fechou contrato para comprar sacos de lixo por preços 300% acima dos valores praticados no mercado, a emedebista anunciou ontem que determinou que seja feita pesquisa de preços antes que a administração celebre qualquer acordo e que vai pedir ao fornecedor a redução do preço.

Alaíde se pronunciou em sua página no Facebook, na qual publicou registros de reunião que teve com os secretários João Veríssimo (Governo), Valtermir Pereira (Finanças), Matheus Ferreira (Segurança Alimentar) e Caio Carvalho (Chefia de Gabinete). “Vimos que a ata de registro de preço para fornecimento de material de limpeza indica que o valor homologado está condizente com os de 2018 e 2017 (na gestão de Atila Jacomussi, PSB). Ainda que tenhamos alcançado uma redução de 14% no preço vencedor, determinei que o fornecedor fosse chamado para baixar ainda mais o valor, equilibrando com o que é pago pelas cidades vizinhas mesmo que o nosso produto seja diferente, por ser biodegradável. Além disso, definimos que, a partir de agora, antes de qualquer compra, deverá ser feita uma pesquisa de preço entre as prefeituras da região”, publicou a prefeita.

Alaíde defende ainda que os valores fechados inicialmente para compras de sacos de lixo não foram necessariamente pagos. “É importante salientar ainda que não foi feita nenhuma compra nesse período, pois trata-se apenas de uma ata de registro de preço, em que não há obrigatoriedade de compra do produto cotado”, emendou.

DENÚNCIA

O Diário revelou no domingo que o governo Alaíde fechou acordo com a empresa Bollimp Comercial de Embalagens Descartáveis, sediada na Capital, por R$ 3,74 milhões, para fornecimento de seis tamanhos diferentes de sacos de lixo. A equipe de reportagem do Diário comparou os preços estabelecidos no edital da licitação e identificou que há casos em que as quantias que a administração estava disposta a pagar chegavam a ser 319% superiores a valores praticados no mercado.

O caso oi parar na Câmara. O oposicionista Marcelo Oliveira (PT) formulou requerimento questionando a administração sobre o tema. O petista já havia citado possível superfaturamento na compra dos produtos na semana passada. 




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