O que era para ser uma festa virou um vexame. Beira-Rio lotado, torcida apoiando o time que viaja na terça-feira para o Japão em busca do título mundial e até homenagem ao presidente Fernando Carvalho, que está terminando seu vitorioso mandato no fim do ano. Tudo estava dentro do script até a bola rolar. A partir do apito do árbitro, o Inter se despediu de sua torcida em 2006 levando uma histórica goleada por 4 a 1 para o Goiás, pela última rodada do Brasileirão. E mais: o time pode perder neste domingo a vice-liderança para o rival Grêmio.

O Goiás acabou com a festa do Inter jogando um futebol rápido e objetivo. O time da casa começou atacando e parecia que a festa seria completa. Mas aos 20 minutos o Goiás abriu o placar com Wellinton, que recebeu lançamento em posição legal, passou pelo goleiro Clemer e rolou a bola para o fundo da rede colorada. Foi o gol 1000 do Brasileirão 2006.

O Colorado continuou tentando, mas o Goiás jogava fechado e vivia de contra-ataques. Aos 32 minutos, susto para a torcida do Inter. O zagueiro Índio levou um pisão do atacante Romerito e torceu o tornozelo esquerdo. Ele deu lugar para Ediglê, mas não vai desfalcar o time no Mundial.

No lance seguinte, o volante Edinho tomou as dores de Índio e pegou Romerito por trás. O jogo descambou para a violência e, aos 38 minutos, o volante Leonardo do Goiás atingiu o meia Iarley com um carrinho por trás e foi expulso. Depois disso, os atletas resolveram voltar a jogar.

Aos 41 minutos, Luciano Almeida cobrou falta de longe no canto esquerdo de Clemer, que falhou e viu a vantagem dos goianos aumentar para 2 a 0.

No segundo tempo, o Inter voltou com o atacante Renteria no lugar do meia Alex para buscar o empate. Mas logo aos oito minutos, num rápido contra-ataque de Welliton, o zagueiro Ediglê fez pênalti e foi expulso. Romerito bateu forte no canto e fez 3 a 0. A situação ainda ia piorar, aos 15 minutos o volante Cléber Gaúcho fez seu primeiro gol no campeonato após bater falta com violência. 4 a 0 para o Goiás.

O Colorado ainda descontou com Fabiano Eller de cabeça, aos 20 da etapa final. E foi só. A partir daí, o Goiás administrou a vantagem e o nervoso Inter não criou mais nenhuma oportunidade.