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Mulher fica careca após escova progressiva
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
09/02/2007 | 22:51
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A estudante Núbia dos Santos Teixeira, 21 anos, perdeu todo o cabelo depois de seis sessões de relaxamento e duas escovas progressivas. A moradora de São Bernardo começou o tratamento em março do ano passado depois de muita insistência do namorado.

“Sempre usei trancinhas rastafari, mas meu namorado disse que pagaria tudo. Então resolvi arriscar”, explicou Núbia.

Ela conta que sempre reparou na queda do cabelo, mas o problema começou a se acentuar depois da última sessão. Tufos grandes caíam durante o banho.

Aconselhada pela cabeleireira a ir a um dermatologista, Núbia descobriu que seus fios estavam mortos.

O salão Embelle, responsável pelas escovas, alegou não saber se a cliente utilizava outros produtos além dos aplicados pelo estabelecimento. Porém, se comprometeu a pagar todo o tratamento para ela assim que forem apresentados os atestados médicos.

Núbia não sai de casa desde o dia 29, quando foi obrigada a raspar a cabeça. Abalada, passou a freqüentar um psicólogo para auxiliar no tratamento. “Não quero que ninguém me veja. Já deixei o emprego e pretendo trancar a matrícula no colégio”, disse Núbia.

O Procon-SP aconselha Núbia a exigir reparação financeira do salão e, caso sinta-se moralmente afetada, entre com um processo na Justiça comum.

A escova progressiva surgiu há três anos no Brasil. Apesar de ganhar muita popularidade por conta das promessas de cabelos lisos, alguns cuidados são essenciais.

As escovas a base de formol são proibidas pela vigilância sanitária. É preciso fazer testes antes da realização do processo para se analisar a resistência e o diâmetro dos fios. O tratamento não é recomendável para gestantes e portadores de renite ou sinusite.

A escova é feita a cada três meses, mas deve receber manutenção a cada 15 dias, com sessões de hidratação profunda. (Supervisão de Artur Rodrigues)



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