A família da autônoma Maria Eunice da Silva, 40 anos, morta após uma carreta invadir sua casa na tarde de quarta-feira, em São Caetano, já constituiu uma advogada para cuidar do processo de indenização.

A profissional, que teve o nome mantido em sigilo, está tomando todas as providências para que o seguro da transportadora pague pelos prejuízos do acidente, que também destruiu a residência de Maria Eunice, onde funcionava uma pequena fábrica de bijuterias.

O encarregado de logística da Transportadora Transfenix, Pedro Paulo Felisberto, informou que já deu andamento ao processo de sinistro junto à companhia de seguros. “Nós enviamos o boletim de ocorrência e até sábado devem nos fornecer o número do sinistro”, explica.

Só com esse número, a família poderá cobrar da seguradora o pagamento da indenização. “Eles deverão entrar com um processo na Justiça para receber, pois tudo tem de ser feito dentro da lei”, orienta Felisberto.

O motorista José Soares da Silva, 38 anos, prestava serviço para a empresa e era dono apenas do caminhão. A parte traseira – que levava as 22 toneladas de vigas de aço – era de propriedade da transportadora. Segundo Felisberto, o motorista, de Minas Gerais, permanece em São Paulo se recuperando do acidente.

Indignação - Na tarde desta quinta-feira, as quatro irmãs de Maria Eunice estavam inconsoláveis durante seu velório. “Perdemos a nossa mãe, a estrutura da família. Ela era tudo”, soluçava Josefa Silva de Araújo, 38 anos. que vendia as bijuterias produzidas pela irmã.

A transportadora arcou com todos os gastos do velório e do enterro.