Os trabalhadores da construção civil de São Paulo assinaram acordo coletivo que contempla reajuste salarial de 5,07%. Com isso, o piso da categoria varia de R$ 1.513,92 para os trabalhadores não qualificados a até R$ 2.206,88 para os que são qualificados para atuar em obras de montagem de instalações industrial.

O acordo foi assinado ontem entre o presidente do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Odair Senra, e o presidente da Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), Antônio Ramalho. Além da correção salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses, as empresas passam a fornecer obrigatoriamente café da manhã aos empregados.

O cardápio contempla café com leite, dois lanches de pão tipo francês com margarina e queijo, uma fruta da época e um lanche da tarde, acompanhado de suco ou isotônico.

Para os canteiros de obras com mais de 120 trabalhadores também ficou acordada a opção de almoço completo no local de trabalho ou tíquete-refeição no valor mínimo de R$ 22,22 para cada dia de trabalho efetivo, ou ainda vale-supermercado de R$ 315. O empregado alojado em obra também terá direito a jantar completo ou a outro tíquete no valor de R$ 22,22.

Continuam em vigor disposições como banco de horas, obrigações de contratantes e subcontratadas entre si e perante o Seconci-SP (Serviço Social da Construção), o valor das horas extras, e a obrigatoriedade do fornecimento de protetor solar e uniforme.

No Grande ABC, são aproximadamente 39 mil trabalhadores atuando no setor e as negociações ainda estão acontecendo. Segundo o presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) de São Bernardo e Diadema, Admilson Lúcio da Silva, a tendência é que a negociação seja feita por empresa.

“Hoje (ontem) tivemos mais uma rodada de negociações junto com a federação e não tivemos acordo. Semana que vem voltaremos a conversar”, afirmou. A entidade pleiteia acordo melhor, com aumento de 6%.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Caetano, Edison Luiz Bernardes, acredita que o acordo deve ser fechado nos mesmos moldes do estadual, mas destacou que as negociações ainda estão em andamento.