Política Titulo Editorial
Choque de gestão
Do Diário do Grande ABC
20/05/2019 | 09:06
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Tornou-se comum aos que assumem qualquer tipo de cargo iniciar o trabalho prometendo choque de gestão. A expressão tem por objetivo externar que o novo administrador irá impactar o setor que tomou posse com ideias modernas, avançadas e que, com isso, trará soluções para antigos problemas.

Na maioria dos casos, entretanto, o tempo passa e mostra que, por diversos fatores, faltou a energia necessária para que o tal choque ocorresse. Mas não é por isso que o pseudo gestor deixará de enaltecer suas obras e, como papel aceita tudo o que se escreve, arrumará números que endossem as suas afirmações, ‘provando’ que fez a diferença. Mesmo que seja apenas no discurso.

No caso da segurança pública de Diadema, não se trata de choque, mas sim de blecaute. Nos últimos dias este Diário tem noticiado a falta de viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal) em condições de uso, já que várias estão encostadas em pátio à espera de manutenção, o uso de aplicativo de celular para comunicação, pois o sinal de rádio foi cortado em razão da falta de pagamento, e que a maioria dos agentes está com o porte de armas vencido.

Agora, mais um episódio que depõe contra a gestão do setor. As armas de choque que foram repassadas pelo Ministério da Justiça em 2012 – foi a primeira corporação do País a ter o artefato – também estão vencidas há quatro anos.

Cartuchos e carregadores, necessários para o funcionamento do equipamento, expiraram em 2015. Com isso, correm o risco de não funcionar quando acionadas ou de causar danos aos agentes ou em quem eventualmente receba um disparo, pois não há como assegurar que a carga está correta.

A solução encontrada pela Prefeitura foi designar que os GCMs trabalhem em trios, sendo só um dos integrantes portador de arma de fogo. Medida paliativa, que em nada tranquiliza os moradores da cidade. Gente de bem, que espera medidas mais efetivas por parte do poder Executivo. 




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