A Prefeitura de Ribeirão Pires resolveu desativar o Hospital São Lucas, o único municipal da cidade. O fechamento está previsto para o final de 2008, prazo para que o novo prédio do hospital municipal seja reformado e fique pronto. A administração vai aproveitar o antigo hospital psiquiátrico da cidade, na estrada da Colônia, no bairro Santa Luzia, para adaptar as instalações do hospital.

Segundo a Prefeitura, a mudança será gradual. Assim que as obras vão sendo concluídas. Terça-feira, a Prefeitura encaminhou à Câmara projeto visando a compra do antigo hospital psiquiátrico, uma área de 15 mil m². O município quer pagar R$ 1,1 milhão no imóvel em 10 parcelas. A primeira deve ser paga em janeiro.

De acordo com o secretário de Saúde da cidade, Jorge Mitidiero, a verba já está garantida no orçamento de 2007.

Segundo Mitidiero, a Prefeitura vai aproveitar toda a estrutura – sete pavilhões térreos – do hospital desativado. “Não vamos construir nada. Faremos apenas algumas adaptações. Levamos engenheiros ao local para uma análise. A estrutura foi muito bem montada e está em perfeitas condições”, garantiu.

A Prefeitura estima que para construir um prédio novo gastará cerca de R$ 1,5 milhão. “Pretendemos fazer um hospital maior. O Hospital São Lucas tem 54 leitos e o novo terá 80.”

O secretário Mitidiero disse que a Prefeitura decidiu adquirir um novo ímóvel porque as instalações do Hospital São Lucas são precárias e não há como ampliá-las. “As partes elétrica e hidráulica estão comprometidas. A população da cidade cresceu e o São Lucas ficou pequeno. O número de partos dobrou. Há dois anos eram feitos cerca de 40 ao mês, Hoje são realizados em torno 90.”

Histórico – O Hospital São Lucas pertencia ao governo do Estado e foi municipalizado há cerca de 20 anos. “De lá para cá, foram feitas inúmeras reformas. Virou uma colcha de retalhos. Há oito anos, o prédio não passa por manutenção”, disse o secretário de Saúde.

A previsão da Prefeitura é de que seja aberta em janeiro licitação para contratar a empresa que ficará responsável pelas adaptações do antigo hospital psiquiátrico. O processo, calcula Jorge Mitidiero, deve durar seis meses.

As obras devem ser iniciadas pelos três pavilhões que vão receber o setor de emergência, pronto atendimento, centro cirúrgico, obstétrico, internação (masculina,l feminina e psiquiátrica), maternidade e laboratório de análises clínicas. “Queremos entregar essa primeira etapa até o final de 2008”, disse o secretário.

Segundo ele, os demais pavilhões do hospital vão abrigar um ambulatório de moléstias infecciosas, almoxarifado e a área administrativa da Secretaria da Saúde.