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Em 2h, temporal paralisa o Grande ABC
Mário César de Mauro e
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
30/01/2004 | 23:02
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O dia virou noite no final da tarde desta sexta no Grande ABC, quando a primeira chuva de verão deste ano atingiu a região entre 16h30 e 18h, principalmente em São Caetano, Santo André, São Bernardo e Diadema. Houve alagamentos, congestionamentos e desabamentos causados pelo temporal. Os bombeiros fizeram pelo menos 50 atendimentos até as 21h.

O trânsito nas principais avenidas ficou completamente congestionado até o início da noite. Os trens pararam de circular e as pistas centrais da via Anchieta ficaram interditadas. Em Diadema, uma pessoa foi atingida por um muro que desabou. No bairro Homero Thon, em Santo André, outro muro rompeu e uma casa foi invadida por água, terra e lama.

A chuva deixou pessoas ilhadas ou paradas no trânsito até as 20h15, quando o tráfego começou a se normalizar e a água a escoar, principalmente no rio Tamanduateí e nos ribeirões Meninos e Guarará. Na região da avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André, o transbordamento do ribeirão Guarará inundou casas nas ruas Arnida e Chuí e até o vestiário do estádio Bruno Daniel.

O índice pluviométrico, medido pelos bombeiros até as 17h, chegou a 115 mm em São Caetano; 95 mm na região da Vila Lucinda, em Santo André; 39 mm no Jardim do Mar, em São Bernardo; 40 mm no Km 16 da Imigrantes, em Diadema; 39 mm no Jardim Zaíra, em Mauá; 32,4 mm em Ribeirão Pires; e apenas 6,5 mm em Rio Grande da Serra.

Os acessos de São Caetano para a capital ficaram inundados, principalmente no cruzamento da avenida Guido Aliberti com Almirante Delamare e na avenida do Estado, no bairro Prosperidade, que foi o mais atingido da cidade. O alagamento da Guido Aliberti se estendeu até a rua São Paulo. Um congestionamento monstro se formou, os motoristas tiveram de desligar os motores dos carros.

A esquina das ruas Aurélia com Marechal Deodoro, na divisa dos bairros Barcelona e Santa Paula, ficou totalmente alagada. A água invadiu casas e veículos estacionados. O engenheiro Edson Manfredi não teve tempo de retirar seu carro do cruzamento. “Quando cheguei, já estava tudo inundado”, disse ele, funcionário da General Motors.

O pátio da sede da 4ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar e do 199 SOS Cidadão também foi atingido. Alguns veículos encheram de água e todas as viaturas foram retiradas do pátio.

Nas casas, as marcas da inundação nas paredes atingiram mais de um metro de altura. Na residência do aposentado Natal Moroni Neto, as comportas não foram suficientes para evitar a entrada da água. Os cômodos ficaram totalmente inundados e Moroni Neto teve de abrir um buraco na parede para o escoamento da água. “Perdi tudo, a enxurrada entrou pela janela”, disse ele.

Segundo o presidente da Defesa Civil da cidade, Dorival Fernandes, houve também casos de árvores caídas e muros desabados.




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