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Serviço Reservado vai investigar morte de vendedor
Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
29/05/2001 | 20:21
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  O Serviço Reservado e os investigadores do 2º Distrito Policial de Santo André abriram inquéritos em separado para apurar as reais circunstâncias da morte do vendedor Emerson Procópio dos Santos, 20 anos, na noite do último sábado, na avenida dos Estados, no bairro Santa Terezinha, em Santo André.

Testemunhas acusam um policial à paisana de ter praticado o crime. Ele teria confundido a vítima com um ladrão. Um policial do Serviço Reservado da PM, que não pode ser identificado, disse que realmente pode ter havido erro por parte dos policiais que registraram a ocorrência na delegacia. “Isso está sendo analisado”.

Eles já têm a identidade do policial que seria suspeito do crime. “Porém, preliminarmente, acreditamos que ele estava no local para tentar ajudar”, disse o policial do reservado.

Para a polícia, o vendedor teria reagido ao roubo e entrado em luta corporal com ladrões. Porém, o Fusca roubado do vendedor não foi encontrado para saber se há vestígios ou não de sangue dentro do veículo. O vendedor trafegava pela avenida dos Estados, sentido Santo André-São Caetano, quando parou em um farol. Dois ladrões o abordaram e levaram o Fusca.

A namorada do vendedor, a operadora V.C.N.G., 17 anos, estava dentro do carro de Santos, um Fusca branco, momentos antes do crime. Ela conseguiu sair do carro e correu para dentro do Sesi, que fica a poucos metros do local, antes da morte do namorado. V. depôs para as polícias civil e militar, mas não ajudou já que ela não presenciou o assassinato.

De acordo com o delegado titular do 2º DP, Mariano Rosa, outras testemunhas foram ouvidas nesta terça. Elas não teriam sido apresentadas pelos policiais militares no sábado, quando o caso foi conduzido à delegacia.

As duas investigações ainda não esclareceram se a vítima foi atingida dentro ou fora do carro. “Por que a polícia não apresentou o rapaz, que parecia ser um policial militar à paisana e estava em uma moto, como testemunha no boletim de ocorrência?”, disse um parente de Santos, que preferiu não se identificar.




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