Os pais do jornalista, Isabel e Elido Cicoti, acompanharam a missa emocionados. “Já sinto muitas saudades, ele era a alegria da nossa casa”, desabafou a mãe. O escritor predileto de Blaz, Ignácio de Loyola Brandão, esteve presente e fez um discurso especial dedicado ao jornalista. “Leo foi morto em um assalto banal, corriqueiro e cotidiano”, lamentou o escritor.

A celebração durou cerca de uma hora e meia e reuniu parentes, amigos e colegas de trabalho de Blaz. Também esteve presente a família do empresário e jornalista Ivandel Machado Godinho, 55 anos, dono da assessoria de imprensa In Press Porter Novelli, seqüestrado em outubro do ano passado nos arredores da avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital. “Acreditamos que ainda possamos encontrá-lo com vida”, disse o estudante Hugo Godinho, 22 anos, filho do empresário.

“É algo que comove qualquer um, até mesmo quem não conheceu o Leo. Viemos todos para acalentar, na medida do possível, os pais dele”, afirmou Ana Regina Bicudo, dona da assessoria de imprensa em que Blaz trabalhava.

O padre que rezou a missa, o vigário paroquial Edmilson da Silva, 32 anos, por coincidência, é um recém-formado em Jornalismo. “Temos de promover a paz, o que só acontece quando nos unimos. O meu papel, no momento, é trazer um pouco de alegria a estas pessoas”, comentou o padre.

A catedral da Sé foi escolhida para a cerimônia porque Blaz acompanhou toda a restauração da igreja, inclusive abasteceu a imprensa com informações sobre a reforma. “Ele se apaixonou pela catedral da Sé e, por isso, estamos aqui hoje. Mas tenho a esperança de que ele esteja em um lugar melhor”, concluiu a mãe do jornalista, Isabel Blaz Cicoti.