O julgamento de Rosane Carla dos Santos Silva, 30 anos, e José Nílson da Costa, 38, que seria nesta quinta-feira (25) no Fórum de Mauá, foi adiado para dia 4 de julho, às 10h. Porém, ainda não foi decidido o local. O juiz considerou pedido de adiamento da defesa, que alegou cuidar do caso há apenas dois dias.

O advogado Rogério dos Santos acredita que pelo julgamento ser realizado em Mauá há muita comoção, o que pode interferir na decisão dos jurados. “Achei um extremo absurdo o juiz trasferir o juri popular de cidade. O crime aconteceu aqui e tanto os acusados como minha filha moravam em Mauá", relata Angelita Miguel, 40, mãe da adolescente. "No meu coração achava que isso tudo ia acabar ontem. É difícil precisar reviver toda a situação, sofrer essa agonia novamente. Já passaram 6 anos, nos preparamos para chegar esse dia e foi adiado." 

Renata Miguel da Silva, 15, foi encontrada morta 5 de novembro de 2013 na casa de Rosane e José Nílson, que foram presos em 2016 após ficarem foragidos por três anos. O inquérito afirmou que a menina sofreu uma overdose de cocaína.

Na época, a mãe de Renata já mostrava sua angústia em busca de justiça: “A única coisa que queremos é que os responsáveis sejam punidos. Nada vai trazer a nossa filha de volta, mas podemos impedir que isso aconteça com outras famílias”, declarou.

A morte da garota em 2013 chocou moradores e amigos da vítima. Na data em que Renata desapareceu, a jovem teria informado à mãe que faria as unhas na casa do casal, no entanto, não retornou mais. Um dia após o corpo ser encontrado pela polícia, cerca de 20 pessoas invadiram o salão de beleza do casal e vandalizaram as dependências cobrando a localização da dupla.

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