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São Caetano quer banir sacolas plásticas da coleta
Deborah Moreira
15/03/2011 | 07:07
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Para reduzir o número de sacolas plásticas enviadas para o aterro sanitário, São Caetano quer substituir as sacolinhas utilizadas na coleta seletiva porta a porta por sacolas ou sacos retornáveis. As primeiras deverão ser distribuídas aos moradores até início de abril, de maneira experimental.

A ideia, segundo o secretário de Meio Ambiente Osvaldo Aparecido Ceoldo, é fazer uma experiência piloto para saber a viabilidade ambiental e econômica das retornáveis. Elas são grandes, feitas de ráfia (fibra vegetal), semelhantes a um saco de batatas.

"Vão custar até cinco vezes mais do que as convencionais. O mínimo de retorno que esperamos é de 80%, para que seja viável também do ponto de vista financeiro", observou o secretário. A medida foi inspirada na coleta seletiva realizada em condomínios da cidade, onde o equipamento utilizado retorna aos prédios.

O uso das sacolas plásticas se tornou um dilema. Apesar de incorporadas ao dia a dia, levam mais de 100 anos para se decompor na natureza e se acumulam pelo planeta em fundos de rios, mares, vales e aterros sanitários.

"Queremos tornar a coleta seletiva mais correta ambientalmente. Sou otimista e acredito que tem grandes chances de dar certo", disse Ceoldo.

Cerca de 18 residências, em bairros como Cerâmica, Santa Paula e Santo Antonio, participam da coleta seletiva porta a porta há um ano e meio, sendo 5.000 apartamentos. Outros 3.000 participam de coleta organizada por terceiros, como cooperativas. O objetivo é ampliar para toda a cidade, de maneira mais eficiente.

Um dos pontos que precisarão ser melhorados é o espaço para separar material. Já a adesão da população não é vista pelo secretário como impeditiva. "A população aderiu quase automaticamente à coleta seletiva. O problema da reciclagem não está na consciência da população, mas na política nacional de incentivo e apoio à industria da reciclagem."




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